Resenha do capítulo “Os fundamentos filosóficos da geografia científica” do livro “Geografia e Modernidade de Paulo César da Costa Gomes

1448 palavras 6 páginas
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ -UECE
PRO-REITORIA DE GRADUAÇÃO – PROGRAD
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT
GEOGRAFIA LICENCIATURA
TEORIA E MÉTODO EM GEOGRAFIA
PROFA.: CRISTIANE FRANÇA
GRADUANDO: HENRIQUE ALVES BRITO

Resenha do capítulo “Os fundamentos filosóficos da geografia científica” do livro “Geografia e Modernidade de Paulo César da Costa Gomes

Em grande parte das obras dedicadas a a análise da epistemologia da geografia são consideravelmente destacadas as contribuição de Karl Hitter e Alexander Von Humboldt, considerados por muitos os pioneiros na sistematização de um conhecimento geográfico. No entanto, é de consenso geral de que o o saber geográfico é anterior ao iluminismo e que qualquer tentativa de datação
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Em prosseguimento ao debate das matrizes filosóficas da Geografia, Gomes analisa an passant as contribuições de Kant e Herder. O primeiro sem dúvidas um dos mais influentes teóricos da modernidade, foi o precursor da sistematização das ciências e em sua analogia da razão, colocando o espaço e o tempo como as únicas formas de conhecimento a priori, onde os conceitos advém da busca e do contato fenomenológico onde estes objetos reais são abstraídos de forma tal a se alcançar uma generalização. Trata-se de uma proposição lógica de como o saber científico deve proceder em suas investigações. Com este interim, para o autor a Geografia kantiana assume o posto das ciências que Kant chamou de outer-sense, ciências dadas as generalidades, a explicação dos fenômenos naturais. Para a Geografia como ciência outer-sense, a ideia de generalizações constantes traz o risco de afastamento da realidade, onde Gomes enxerga na proposição da ideia de “intuição” de Kant como uma forma proposta de mediação entre o conceito como forma generalizante pura e o fenomenológico real. Mas, a Geografia que toma como objeto de estudo o espaço, assim como a História o tempo, não estaria já como conhecimento dado a priori. Exemplo disto seria a noção natural de que o homem tem de distância, profundidade, volume? No nosso entender não, pois o espaço objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico que difere em sua concepção conceitual do espaço

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