Resenha do Livro A Opção Terra
BOFF, Leonardo. A opção-Terra: a solução para a Terra não cai do céu. Rio de
Janeiro: Record, 2009.
Leonardo Boff, o autor da obra epigrafada, é autor de mais de setenta livros, doutor em Teologia e Filosofia pela Universidade de Munique, Alemanha, foi professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, bem como professor visitante das universidades de Lisboa, Salamanca, Harvard e Heidelberg, membro da Comissão Internacional da Carta da Terra, documento esse reconhecido pela
Unesco em 2003 como referência ética para o desenvolvimento sustentável.
O autor inicia o seu livro afirmando que nunca antes se falou tanto da Terra, como atualmente, até parecendo que o planeta acabou …exibir mais conteúdo…
Para o autor, todavia, os fatos vêm demonstrando que esse desenvolvimento, ao ser realizado ao nível globalizado, de sustentável nada tem, eis que gera gritante desigualdade mundial, criando incomensurável riqueza de um lado e vergonhosa pobreza de outra, além de exigir um custo ambiental de proporções devastadoras. Nesse sentido, o modo capitalista de produção gerou o consumismo desenfreado, culminando com o aumento da pobreza, aquecimento global e ameaça à biodiversidade.
Na sequência, é formulada pergunta inquietante: Pode o ser humano desaparecer? Para responder, o autor primeiro apresenta o entendimento de vários
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e notáveis estudiosos do tema, no sentido de que essa possibilidade se apresenta como sendo real. No entanto, o seu entendimento próprio é carregado de esperança de que o homem ainda conseguirá reverter o quadro atual. Assim se expressa:
Lógico, precisamos ter paciência para com o ser humano. Ele não está pronto ainda. Tem muito a aprender. Em relação ao tempo cósmico possui menos de um minuto de vida. Mas com ele a evolução deu um salto, de inconsciente se fez consciente. E com a consciência pode decidir que destino quer para si.
Nesta perspectiva, a situação atual representa antes um desafio que em desastre possível, a travessia para uma ordem mais alta e não fatalmente um mergulho na autodestruição. Estaríamos portanto num cenário de crise e não de tragédia. (...) Por isso