Resenha - a apologia de sócrates
O filósofo afirma que, no entanto, não desistiu de sua busca, e essa é a razão de perambular por Atenas questionando os cidadãos sobre coisas que julgam que sabem: abrir seus olhos em relação à sua ignorância e, assim, torna-los homens melhores. Por causa disso, alega que vive em pobreza extrema, pois sua ocupação não lhe permite lazeres. Sócrates ainda alega que havia jovens que de espontânea vontade o acompanhavam, pois sentiam prazer em vê-lo em suas conversas com os atenienses, e até exerciam a mesma atividade. No entanto, os que eles examinavam se exasperavam contra o próprio filósofo, alegando que havia um moribundo chamado Sócrates a corromper a juventude. Como não tinham a coragem de explicar que a razão da acusação era passarem a conhecer a sua ignorância, afirmavam que Sócrates “pesquisa sem discrição o que existe sob a terra e nos céus”. Daí a razão de o atacarem. Passando a defender-se da acusação de Mileto, mais recente, Sócrates trava um extenso diálogo com o mesmo. A acusação é: “Sócrates é réu de corromper os jovens e de não acreditar nos deuses em que o povo acredita, e sim em outras divindades novas”. Durante o diálogo, Sócrates impele Meleto a concordar com aquilo que ele próprio apresenta e que, ao final, acaba voltando-se contra o acusador, concluindo que as denúncias são falsas e que Meleto só poderia estar a zombar dos presentes