Relativismo social
Relativismo é a teoria filosófica que se baseia na relatividade do conhecimento e repudia qualquer verdade ou valor absoluto. Ela parte do pressuposto de que todo ponto de vista é válido. Essa filosofia afirma ainda que todas as posições morais, todos os sistemas religiosos, todos os movimentos políticos, etc., são verdades que são relativas ao indivíduo.
O relativismo cultural sugere conformar e não confrontar as diferenças culturais, tanto em nossa sociedade quanto em outra cultura particular. Este conceito pode ser considerado precipitado, se levarmos em conta o fato de tudo poder ser aceito, ameaçando imposições dos limites sociais. O bem e o mal passam a ser relativos em conceito, mas em prática estaríamos contradizendo …exibir mais conteúdo…
Dessa forma, trata-se de pregar que a atividade humana individual deve ser interpretada em contexto, nos termos de sua própria cultura[->9]. Esse princípio foi estabelecido como axiomático[->10] na pesquisa antropológica[->11] de Franz Boas[->12], nas primeiras décadas do século XX[->13] e, mais tarde, popularizado pelos seus alunos. Porém, o relativismo não é mero axioma (algo que não precisa ser provado ou um ponto de partida a priori), mas antes parte das conclusões que são produzidas da observação e da convivência com outros grupos e com suas convicções. Conforme um dos alunos de Boas, Melville Herskovits:
“|O princípio do relativismo cultural decorre de um vasto conjunto de fatos, obtidos ao se aplicar nos estudos etnológicos as técnicas que nos permitiram penetrar no sistema de valores subjazcentes às diferentes sociedades[->14].|”|
A ideia foi articulada por Boas em 6969[->15]:
“|...civilização[->16] não é algo absoluto, mas (...) é relativa e nossas ideias e concepções são verdadeiras apenas na medida de nossa civilização. [1]|”|
Contudo, Boas nunca usou o termo relativismo cultural, que - em seus caráter axiomático - acabou ficando comum entre os antropólogos depois da sua morte, em 1942[->17]. O termo usado pela primeira vez, em 1948[->18], na revista American Anthropologist, representava as ideias de Boas, conforme a síntese[->19] de seus alunos a respeito dos princípios ensinados por ele.
Antes, as ideias de