Raul prebisch
Para Prebisch, há uma clara separação entre países centrais e países periféricos. Entretanto, ele faz questão de frisar que não discorda da validade da teoria econômica tradicional e aceita a idéia dos benefícios advindos da divisão internacional do trabalho. Segundo essa teoria, o fruto do progresso técnico tende a se espalhar por todos os países participantes do comércio internacional, seja sob a forma de redução dos preços dos produtos, ou pelo aumento da renda dos trabalhadores e empresários. O problema em se aplicar esta teoria, para o caso dos países da periferia, está em considerá-los como iguais aos do centro.
Segundo o autor, esta teoria funcionaria muito bem entre os países centrais, porém ao incluir os países periféricos na divisão do trabalho, o que se percebe é que os benefícios dessa divisão e os ganhos de produtividade oriundos dela não chegariam aos últimos. A solução encontrada pelo autor, para o caso dos países periféricos, seria a industrialização, como forma de captar os frutos do progresso técnico e, dessa forma, aumentar o padrão de vida das massas.
Após chamar a atenção para a necessidade de se abordar os problemas da industrialização latino-americana sob a ótica local, o autor aponta o primeiro problema, que diz respeito à escassez de dólares. Segundo Prebisch, o processo de industrialização da América Latina necessitaria de importações de bens de capital, principalmente