Política Externa Brasileira, Henrique Altemani de Oliveira
A política externa dos governos militares buscou a universalização e de autonomia da inserção internacional do país. Apesar da PEI se apresentar como um processo de ruptura na linha de continuidade da PEB, isso não significava que automaticamente já houvesse uma redefinição das parceiras brasileiras e de possibilidade de uma atuação mais autônoma. A política externa do primeiro governo militar, de Castelo Branco, tentou instrumentalizar um alinhamento automático com os Estados Unidos, retomando as questões de inserção ideológica no contexto ocidental e de guerra fria, dando ênfase na questão da segurança como sendo primordial para alcançar o desenvolvimento. Nesse sentido a política de interdependência de Castelo Branco representava uma negação da PEI. Esse período foi um hiato na definição da PEB. A política externa de Castelo Branco caracterizava-se, inicialmente, pela descontinuidade da PEI desenvolvida pelos seus predecessores civis. O mundo era dividido entre o ocidente democrático e o oriente comunista. O governo brasileiro iria primar pela segurança interna, eliminando ameaças, e redefinindo a política externa para garantir sua segurança externa. Na visão brasileira a segurança externa deveria ser coletiva, onde o ocidente deveria se juntar contra ameaças orientais. Nesse sentido, caberia aos Estados Unidos, como líder do sistema ocidental, o principal papel de segurança coletiva e também