Poesia
9
PORTUGUÊS
1.
8/nov/11
4º
Leitura e interpretação de texto.
Julinho estava lendo um livro quando ouviu pelo rádio a notícia de que uma forte chuva aproximava‐se. Mas ele não teve medo, pois sentia‐se protegido por Juliano, seu irmão mais velho. A tempestade começou e ...
Meu irmão, meu herói
Ieda M. de Oliveira
— Poooooooouuuuuu!
Ouvimos um estrondo e as luzes apagaram-se. A escuridão era tão grande! Eu não enxergava sequer as próprias mãos que ainda seguravam o livro. Mas não sentia medo.
Tinha certeza de que o Juliano viria para ficar perto de mim.
Assim, continuei com o livro sobre as pernas, imóvel.
Era horrível aquela sensação de arregalar os olhos e só enxergar a escuridão, uma sensação de estar cego.
Ouvia a voz de mamãe gritando para o papai:
— Januário, por favor, pegue uma vela. Sabe onde encontrá-la?
— Não sei, querida.
Minha mãe chama-se Joana, mas meu pai sempre a chama de “querida”. Em casa, todos os nomes começam com “J”, até o dos animais: o cachorro chama-se Jóquei e o papagaio, Joca.
— Eu coloquei em cima do armário da cozinha, Januário. Procure lá que você encontrará. — disse mamãe.
Ouvi o papai tropeçar numa cadeira, pisar no rabo do Jóquei e, em seguida, resmungar:
— Ai, nem consigo chegar até a cozinha.
Será que o papai estava com medo? E a mamãe? De repente, dei-me conta de que os adultos, talvez, tivessem medo, chorassem ou se magoassem também.
— Juliano — chamou mamãe —