Pensamento contrafactual

No dia-a-dia, as pessoas pensam espontaneamente sobre como um resultado poderia ter sido diferente, e mentalmente desconstroem aspectos dos acontecimentos que levaram a esse mesmo resultado. Convencionou-se chamar esse processo de pensamento contrafactual.
Segundo Byrne (2002), os pensamentos contrafactuais acerca do que poderia ter sido são transversais à vida diária, estão relacionados a pensamentos causais, ajudam as pessoas a aprender com as experiências e a lidar com emoções.
Geralmente, o pensamento contrafactual é descrito através de uma proposição condicional do tipo “se… então…”, envolvendo um antecedente e um consequente (Quelhas & Rasga, 2009).
Exemplo: se tivesse estudado mais então teria …exibir mais conteúdo…

Se pelo contrário, eliminarmos um antecedente factual para reconstruir a realidade estamos perante um contrafactual subtractivo (Roese & Olson, 1995). Um exemplo desta capacidade mental é o caso de uma pessoa que sai para a rua sem chapéu de chuva e começa a chover, ora no pensamento aditivo dessa pessoa pensaria que se tivesse um chapéu (elemento adicionado) não se iria molhar, por outro lado se ela eliminar um antecedente (pensamento subtractivo) ela poderia pensar que se não tivesse chovido (a chuva é o elemento eliminado) então não se teria molhado. As consequências positivas estão relacionadas com o modelo funcional de que se falará mais à frente. As consequências cognitivas são estudadas no tempo, ou seja, passado, presente, futuro. Os resultados e emoções negativas subsequentes (passado) são a ponte para uma elaboração de uma representação mental alternativa à situação real desfavorável (presente) que leva no futuro à transformação dessa representação em atitudes e/ou em estratégias comportamentais.
Com tudo o que foi analisado sobre o pensamento contrafactual pode-se concluir que este tem funções preparativas e afectivas. Primeiro, pode dizer-se que tem uma função preparativa porque prepara os sujeitos para o futuro de modo a que a situação negativa não volte acontecer, ou seja, ao manipular as alternativas de acções passadas os sujeitos