Papel e celulose
Produção Industrial de Celulose e Papel
INTRODUÇÃO
Desde os tempos mais remotos e com a finalidade de representar objetos inanimados ou em movimento, o homem vem desenhando nas superfícies dos mais diferentes materiais: paredes rochosas, pedras, ossos, folhas de certas plantas, etc.1 O desenvolvimento da inteligência humana permitiu o surgimento de novos e melhores suportes para as representações gráficas, como o pergaminho, material mais utilizado antes da invenção do papel, feito com peles de animais. Os antigos egípcios, além disso, utilizavam o talo do papiro, uma planta encontrada às margens do rio Nilo, e sua fabricação era penosa e rudimentar.1,4 O papel foi fabricado oficialmente pela primeira vez na China, no ano de 105 por Ts’Ai Lun, cuja idéia de produção de papel, que continua válida nos dias de hoje, era: “A desintegração de fibras vegetais por fracionamento, a formação da folha retirando a pasta da tina por meio de forma manual, procedendo-se ao deságue e posterior aquecimento para secagem”.4 Por mais de 600 anos, os chineses mantiveram sigilo sobre o primeiro sistema de fabricação de papel, que usava fibras de árvores e trapos de tecidos cozidos e esmagados. A massa resultante era espalhada sobre uma peneira com moldura de bambu e um pano esticado e submetida ao sol para um processo natural de secagem.4 O segredo foi desvendado no ano 751, quando o exército árabe atacou a