Os efeitos fisiológicos dos esteroides anabolizantes
Quando vencer é o mais importante, a maioria dos atletas somente se preocupam em superar seus rivais e serem vitoriosos na maioria das vezes, não importando os meios que utilizaram para atingir seus objetivos. Frequentemente não refletem a respeito do “natural” do “artificial”. Por exemplo, na antiga Grécia, na época das Olimpíadas, muitos campeões perderam sua glória por ter ingerido testículos de carneiro (principal origem de testosterona). Por outro lado, desde a antiguidade os africanos usam plantas para afastar a fadiga e o cansaço; bem como os noruegueses Vikings, acreditavam que comendo fungos se manteriam acordados e descansados para as suas batalhas e conquistas pelo alto mar (LISE; et al., 2002).
O uso dos …exibir mais conteúdo…
Segundo o farmacologista Elisaldo Carlini , da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e ex-secretário de Vigilância Sanitária na gestão Adib Jatene no Ministério da Saúde, afirma em reportagem veiculada no “Jornal dos Campos Gerais”, em 05 de outubro de 2003, que:
“A solução não está em proibir a comercialização dessas drogas. É preciso encontrar um meio de combater o uso irresponsável e indiscriminado, feito com fins meramente estéticos."
E Carlini ainda alerta:
“Muitos dos anabolizantes consumidos pelos jovens brasileiros têm uso veterinário no exterior.” É importante esclarecer que o anabolizante é qualquer substância que auxilie o corpo no anabolismo, como por exemplo a testosterona. Portanto, nem todo anabolizante é droga. Apenas os EAA são substâncias perigosas à saúde, pelos efeitos colaterais que provoca no organismo e no cérebro (RIBEIRO, mar. 2001).
Os EAA podem ser tomados na forma de comprimidos ou injeções e seu uso sem orientação médica adequada pode levar o usuário a utilizar centenas de doses a mais do que aquela recomendada. Freqüentemente, combinam diferentes esteróides entre si para atingir o objetivo mais rápido. Outra forma de uso dessas drogas é ingerir durante 6 a 12 semanas, ou mais e depois parar por várias semanas e recomeçar novamente (RIBEIRO, mar. 2001).
Em nosso país são poucos os medicamentos anabolizantes disponíveis comercialmente, e geralmente são formas de testosterona não modificada, mas destinada à reposição hormonal