O urbanismo sanitarista
A epidemia de cólera que tomou conta dos bairros operários de Londres e Manchester em
1832 fizeram com que os médicos passassem a se preocupar de forma sistemática com as condições de vida e de trabalho das populações, desenvolvendo práticas de observação da cidade, que serão fundamentais para a emergência do urbanismo como uma ciência.
Era necessário criar uma cidade salubre, obras e medidas sanitárias que tivessem por fim remover e prevenir as diferentes condições localizadoras, anunciando o que a engenharia sanitária e, sobretudo, o urbanismo sanitarista de Saturnino de Brito (no caso brasileiro), iriam promover: a definição de um plano para a cidade, onde seu funcionamento e expansão estariam previstos.
Movimento higienista do século XIX foi sobretudo um movimento de reforma da vida cotidiana. Foram estipulados modos de ser ou viver, ou, seja modos de morar, de se comportar em público e no âmbito familiar, que foram testados e adotados em setores diversos da população.
A ideia de que as reformas urbanas (saneamento e embelezamento das cidades) constituem a via pela qual é possível se atingir a melhoria social, elevando-se o padrão moral das classes populares, surge como princípio para os higienistas sociais.
O engenheiro sanitarista Francisco Saturnino Rodrigues de Brito (1864-1927), formou-se na
Escola Politécnica do Rio de Janeiro em 1887.
Além de sanear as cidades brasileiras tomadas e