O principe
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Nicolau Maquiavel
“Tendo o príncipe necessidade de saber usar bem a natureza do animal, deve escolher a raposa e o leão, pois o leão não sabe se defender das armadilhas e a raposa não sabe se defender da força bruta dos lobos. Portanto é preciso ser raposa, para conhecer as armadilhas e leão, para aterrorizar os lobos” (MAQUIAVEL, 1997).
BREVE COMENTÁRIO SOBRE A OBRA
Em “O Príncipe”, Maquiavel mostra de maneira detalhista o que, em sua opinião, é fundamental para um líder comandar, conquistar e administrar seu Estado evitando, por exemplo, revoltas e manifestações que podem levar o governo de um Estado a entrar em colapso. Maquiavel nos mostra, também, …exibir mais conteúdo…
Os Estados hereditários são aqueles ligados ao sangue de seu príncipe por isso mais fáceis de mantê-los, basta o príncipe seguir os mesmos passos dos seus ancestrais, “[...] porque uma mudança deixa sempre base para a edificação de outra.” (1997, p. 23) e não acomodar com as novas situações “[...] se tal príncipe for de inteligência comum, sempre se manterá no seu estado, a não ser que haja força extraordinária e excessiva, que o prive deste; e, mesmo que seja privado deste, por pior que seja o ocupante, pode readquiri-lo.” (1997, p. 23). Estes Estados são mais bem vistos pela população “[...] porque o príncipe herdeiro tem menores causas e menores necessidades de causar mal, daí provém que seja mais amado [...]” (1997, p. 23) Devido à facilidade com que estes, são governados, fala pouco sobre este tipo de Estado.
Já os Estados novos são na realidade Estados quase mistos, pois, são membros acrescentados a Estados hereditários. Daí nasce a dificuldade de mantê-los “[...] que os homens mudam, de boa vontade, de senhor, acreditando melhorar; e esta crença os faz tomar armas contra o atual; no que se enganam, ao perceberem por experiência, terem piorado.” (1997, p. 24) Surge outra necessidade, de o príncipe fazer mal aos seus súditos até mesmo com violência “[...] de modo que são teus inimigos aqueles que se sentem ofendidos por ocupares o principado, e não podes manter como amigos aqueles que te puseram lá [...]” (1997, p. 24),