O mercado de trabalho e mercado interno no brasil colônia
Magali Alves de Andrade1
Introdução
Durante o período colonial brasileiro alguns fatos chamam atenção por suas peculiaridades, um desses fatos é larga utilização da mão de obra escrava na manutenção da produção, entretanto a situação da escravidão subutiliza essa mão de obra. O objetivo desse trabalho é mostrar que utilização da mão de obra escrava, durante o período colonial no Brasil, interferiu na formação do mercado doméstico e na elevação da produtividade do trabalho.
A mão de obra escrava por não ter a possibilidade de ser alienada pelo próprio escravo diverge da definição da mão de obra no sistema capitalista, que deveria por livre escolha, do escravo, alienar sua mão de obra em troca do pagamento de salário, mas isso não ocorre. Durante o regime da escravidão o escravo é considerado um ativo, ou uma máquina dentro do sistema produtivo.
O impacto do não pagamento de salários retarda o surgimento de um mercado interno que retroalimentasse a produção local, esta dependendo quase que em sua totalidade da demanda externa. Outro problema enfrentado no Brasil colonial diz respeito a subutilização do escravo, que era mantido com baixa produtividade no sistema produtivo. Frente a ideia de utilização máxima2 dos donos de escravos, onde os escravos eram utilizados com o maior número de atividades possíveis, mas que não refletia na produtividade da colônia.
O trabalho foi dividido em mais quatro