O êxodo rural no sertão do nordeste.
AUTOR: PAULO ROBERTO SANTANA DA COSTA
Introdução.
O estudo proposto no presente projeto refere-se ao abandono do campo em busca das cidades, fato que tem sido muito comum no Brasil, sobretudo, após o surto industrial da segunda metade do século XX. Busca-se com essa investigação, entender as circunstâncias, que levaram os sertanistas a deslocarem-se do sertão para os grandes centros urbanos. Para tanto se faz uso da poesia de Luiz Gonzaga, no intuito de identificar os elementos que colaboraram com esse deslocamento. Utilizar a música e a poesia de seu Luiz para entender o êxodo rural no sertão é uma forma dinâmica e ao mesmo tempo complexa de compreensão, da realidade de um povo de um lugar:
(...) …exibir mais conteúdo…
Partindo da idéia de entender a musica como representação, como sentimento e como memória de um povo de um lugar, a poesia de seu Luiz Gonzaga veio a calhar, como forma de compreender as questões do mundo nordestino expressada das mais variadas formas pelo “Rei do Baião”. Este tema é uma homenagem à perseverança, a sapiência, e a beleza da arte engajada. Não poderia escolher diferente, pois estudar o êxodo rural através da poesia de “Seu Luiz” é reconhecer e ter convicção do liame reflexivo que fui conduzido, a esta atmosfera engajada de fazer arte com responsabilidade, conhecimento histórico e político-social. Pois o êxodo rural, estudado com muita freqüência pelos especialistas, em geografia e demais processo, no nordeste brasileiro, é aqui analisado através da poesia do “Rei do Baião” um legítimo e profundo conhecedor dos problemas sociais do sertão nordestino com bastante conhecimento de causa.
Justificativa.
Qual seria interesse por um tema como o êxodo rural no sertão nordestino? As questões do sertão nordestino constituem uma realidade presente, atuante na contemporaneidade, como no passado. E isto já bastaria para uma boa recepção ao tema, a escolha desse tema não só trouxesse um nome para um projeto de pesquisa, mas também, outras tantas problemáticas, bem como nos ilumina Martins:
“Não se trata da musica em sentido estrito, mas da musica em sentido lato: abrangendo a letra que nela se suporta, o universo que verbaliza