Neo-ortodoxia
A Neo-Ortodoxia surgiu como uma alternativa à teologia liberal, que estava fazendo a teologia protestante da Europa e da América do Norte regredir rapidamente para o humanismo disfarçado da teologia liberal clássica. Seu fundador, Karl Barth, um dos maiores teólogos do século XX, teve uma educação ortodoxa protestante, na infância (seu pai era professor de teologia em um seminário reformado), mas teve uma formação acadêmica na teologia liberal (estudou teologia e foi aluno de alguns dos principais pensadores protestantes liberais da Europa). A teologia liberal tinha se deixado dominar pela modernidade e se acomodado a ela; e entronizou as categorias modernas do pensamento como supremas, permitindo que elas julgassem a revelação divina. Após a Reforma, durante os séculos dezessete e dezoito, a Igreja protestante foi largamente influenciada por idéias originadas do Iluminismo. O racionalismo desejava submeter todas as coisas ao crivo da análise racional. Lentamente a razão humana começou a triunfar sobre a fé. O filósofo L. Feuerbach tentou transformar a teologia em antropologia, dizendo que tudo que se diz sobre Deus, na verdade, é dito sobre o homem. Ele influenciou grandemente K. Marx, S. Freud, R. Bultmann e F. Schleiermacher. Este último desvinculou a fé cristã da história e da teologia, reduzindo a experiência religiosa ao sentimento de dependência de Deus. Somente depois ficaria evidente que era impossível construir uma teologia em cima de um