NAS MALHAS DO PODER ESCRAVISTA: A INVASÃO DO CANDOMBLÉ DE ACCÚ
2550 palavras
11 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPEPRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO
REDE NACIONAL DE ALTOS ESTUDOS EM SEGURANÇA PÚBLICA
PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU: “Violência, Criminalidade e Políticas Públicas”
HÉLIO LIMA FEITOSA
NAS MALHAS DO PODER ESCRAVISTA:
A INVASÃO DO CANDOMBLÉ DE ACCÚ
São Cristóvão/SE
2010NAS MALHAS DO PODER ESCRAVISTA:
A INVASÃO DO CANDOMBLÉ DE ACCÚ
Resenha apresentada à disciplina Violência e Grupos Vulneráveis: Religiões Afro-Brasileiras, como requisito de avaliação no curso de Pós-Graduação Latu Sensu em Violência, Criminalidade e Políticas Públicas - UFS.
HÉLIO LIMA FEITOSA
PROFESSOR: BRICE SOGBOSSI …exibir mais conteúdo…
É nesse contexto social que o Candomblé de ACCÚ, em 1829, situado nos arredores de Salvador, é invadido pela polícia, seguindo ordens do Juiz de Paz (cargo afeto a pessoas de relativo prestígio social) Antônio Gomes de Abreu Guimarães. A influência dos escravos nos vários recantos sociais baianos culminou com a representação presidente da província da Bahia, José Gordilho de Barbuda, o visconde de Camamú, à autoridade superior ao Juiz em tela, por parte de um ex-escravo, o liberto Joaquim Baptista.
As análises do artigo decorrem de trabalhos intelectuais descritivos e interpretativos, revelando-se detalhes opulentos sobre o cotidiano daquela sociedade escravocrata. A imponência cultural, formas alternadas de controle escravo, religião e seus sincretismos, dentre outros aspectos da engenhoca social baiana são abordados, mormente, a partir da resposta documentada de um Juiz de Paz aos questionamentos do presidente da província baiana. No inquérito constavam acusações sobre a invasão que culminou nas prisões de vários “pretos”, e ainda, da subtração ilegítima de dinheiro e pertences dos freqüentadores daquele ambiente.
De partida, há indícios veementes de que a origem dos praticantes de Candomblé, nesse caso específico, apontou para a origem Jeje do grupo religioso, pois há referências, na resposta, ao Deus Vodum, que são deuses cultuados pelos Jejes do Daomé. Os choques culturais testemunhados pelos os agentes públicos decerto se