Metafisica da modernidade

4346 palavras 18 páginas
Cap. 14: A Metafísica da Modernidade

1. As mudanças na modernidade

Chamamos modernidade ao período que se esboça no Renascimento, desenvolve-se na Idade Moderna e atinge seu auge na Ilustração, no século XVIII. O paradigma de racionalidade que então se delineia é o de uma razão que, liberta de crenças e superstições, funda-se na própria subjetividade e não mais na autoridade, seja do poder político absoluto, seja da religião.
De fato, estava sendo gestado um novo período da história ocidental, com mudanças em amplo espectro; sociais, políticas, morais, literárias, artísticas, científicas, religiosas e também filosóficas. A contraposição ao pensamento medieval estimulou a recuperação da cultura greco-latina, agora sem a intermediação
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Como sabemos, esse conhecimento é inteira-mente dominado pela inteligência — e não pelos sentidos — e baseado na ordem e na medida, o que lhe permite estabelecer cadeias de razões, para deduzir uma coisa de outra.

Para tanto, Descartes estabelece quatro regras:

• da evidência: acolher apenas o que aparece ao espírito como ideia clara e distinta;
• da análise: dividir cada dificuldade em parcelas menores para resolvê-las por partes;
• da ordem: conduzir por ordem os pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer para só depois lançar-se aos mais compostos;
• da enumeração: fazer revisões gerais para ter certeza de que nada foi omitido.

Vejamos como essas regras são aplicadas, ao fundamentar sua filosofia.

Descartes parte em busca de uma verdade primeira que não possa ser posta em dúvida. Começa duvidando de tudo: do testemunho dos sentidos, das afirmações do senso comum, dos argumentos da autoridade, das informações da consciência, das verdades deduzidas pelo raciocínio, da realidade do mundo exterior e da realidade de seu próprio corpo.

Trata-se da dúvida metódica, porque é essa dúvida que o impele a indagar se não restaria algo que fosse inteiramente indubitável. Por isso Descartes não é um filósofo cético: ele busca uma verdade.

Cogito, ergo sum

Descartes só interrompe a cadeia de dúvidas diante do

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