Maquiavel - virtude e fortuna do mundo politico moderno
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Através de Maquiavel começaram muitas mudanças na forma de pensamento e atitude política, sendo inclusive retratado em sua mais importante obra “O príncipe” os grandes conceitos de Virtú e fortuna. Para ampará-los ele recorre a mitologia clássica, fazendo uma oposição ao cristianismo, ja uma tendência no período renascentista. Com o cristianismo, o conceito sobre a fortuna tornou-se pejorativo, símbolo de busca indiscriminada e vã pelo poder. Para os cristãos, a fortuna deixava de ser fonte de felicidade, já que por seus preceitos, ao homem era dada a verdadeira felicidade somente no além-mundo, de acordo com a moralidade exercida pelos indivíduos na vida terrena. Maquiavel então subverte esta concepção cristã sobre a fortuna, dotando-a de características clássicas, que consideravam a fortuna uma um ser divino que possuí o bens e dons que todos os homens desejavam: a honra, a riqueza, a glória, o poder. Mas se por um lado a Fortuna era a responsável por oferecer tantos favores ao príncipe, Maquiavel afirma ser a virtú a responsável por atrair tais favores e mantê-lo no poder. Assim, um homem dotado de virtú seria capaz de seduzir a sorte.
Desta maneira, na obra de Maquiavel a Fortuna é considerada um instrumento de sorte, que poderia ou não agraciar ao príncipe, de acordo com a virtú representada na sua coragem e força em seduzi-la. No entanto, mais uma vez Maquiavel subverte o conceito que era comum sobre a virtude. Na abordagem deste pensador, a virtú se aproxima