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Toda criança gosta de ter amigos, de brincar, de sair e se divertir com outras crianças. Mas o que fazer quando uma lei proíbe que elas façam tudo isso?
Como manter viva a aventura e o prazer de ser criança?
O texto que você vai ler a seguir pertence ao livro A mala de Hana, de Karen Levine. A obra narra a história dos irmãos Hana e George Brady, crianças judias que viviam na Tchecoslováquia (atual República Checa), durante a Segunda Guerra Mundial. Quando as tropas alemãs invadiram o país, a vida da família Brady mudou para sempre.
A mala de Hana
Toda semana havia uma nova restrição. Judeus não podiam frequentar o parque de diversões. Nem os campos de esporte. Nem os parques públicos. Logo, Hana não podia mais ir ao ginásio. Até mesmo o lago em que esquiavam estava proibido. Suas amigas — todas gentis — no começo também ficaram tão perplexas quanto Hana com as regras. Ainda se sentavam lado a lado na escola e aprontavam travessuras juntas dentro da classe e na hora do recreio.
— Ficaremos juntas para sempre, não importa o que aconteça — prometeu Maria, a melhor amiga de Hana. — Não vamos deixar que ninguém nos diga com quem vamos brincar!
Mas, aos poucos, conforme os meses se passavam, todas as colegas de Hana, inclusive Maria, pararam de visitá-la depois da escola e nos fins de semana. [...]
Com cada amigo perdido e a cada nova restrição, Hana e George sentiam que seu mundo ficava um pouco menor. Eles estavam bravos. Eles estavam tristes. E estavam