Levantamento de seio maxilar – técnicas cirúrgicas
1 INTRODUÇÃO
A ausência parcial ou total de dentes resulta em deficiência funcional do sistema estomatognático, também influindo negativamente na estética e no convívio social do indivíduo. O sucesso clínico dos implantes osseointegrados gerou um grande aumento de seu uso em todo mundo, sendo que os percentuais de sucesso atingem 93% para implantes mandibulares e 84% para os maxilares em estudos de 15 anos de acompanhamento realizados por Bränemark (1985). A maxila sofre, após a perda dos dentes, alterações estruturais progressivas, como diminuição da densidade óssea, pneumatização dos seios maxilares e reabsorção do rebordo alveolar na direção …exibir mais conteúdo…
Na mandíbula os implantes endósseos têm provado ser um tratamento satisfatório. Na maxila posterior, no entanto, limitações anatômicas tais como: deficiência de osso alveolar e pneumatização do seio maxilar ainda continuam a ser um problema (RAGHOEBAR et al., 1997). Os seios da face iniciam seu desenvolvimento, já no período fetal, como invaginações da cavidade nasal. Apenas os seios maxilares e etmoidais já estão presentes e podem estar pneumatizados ao nascimento (DUTRA, MARCHIORI, 2002). Eles sofrem expansão progressiva e atingem o tamanho adulto por volta dos 12 a 14 anos (KRONEMER, McALISTER, 1997). Os seios maxilares, por sua proximidade com os dentes superiores, são os seios paranasais mais importantes na Odontologia. É uma cavidade grosseiramente piramidal, contém ar e é revestida por mucoperiósteo, com o epitélio colunar ciliado pseudo-estratificado ocupando a maior parte do corpo do osso maxilar. Está presente desde o nascimento, quando é pouco mais que uma bolsa externa à cavidade nasal, em forma de fenda, nesse estágio. Cresce rapidamente durante a erupção dos dentes decíduos, pelo processo conhecido como pneumatização e atinge cerca da metade do tamanho do seio maxilar de um indivíduo adulto, aos três anos de idade (WHAITES, 2003; ALBANI et al., 2003).