LEITURA DO POEMA MARIA DIAMBA, DE JORGE DE LIMA, UMA VISÃO SOBRE GÊNERO E ESCRAVIDÃO

2852 palavras 12 páginas
LEITURA DO POEMA MARIA DIAMBA, DE JORGE DE LIMA, UMA VISÃO SOBRE GÊNERO E ESCRAVIDÃO

Em nossa leitura do poema Maria Diamba, vamos, em um primeiro momento apresentar/conhecer Jorge de Lima e verificar em que contexto histórico ele o escreveu, em um segundo momento vamos analisar a estrutura do poema de acordo com Norma Goldstein (2006), em sua obra Versos, sons, ritmos, para finalizar, vamos fazer uma leitura do poema de acordo com a teoria de escravidão e de gênero, embasada nos seguintes autores: Sandra Maria Job, em sua tese de doutorado Em texto e no contexto social: mulher e literatura afro-brasileiras e Gilberto Freyre, em sua obra Casa grande & senzala.
Antes de iniciar nossa análise se faz necessário saber quem é o poeta
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C
1 2 3 4
Foi/ou/tras/coi/sas/pa/ra/que/ti/nha/JEI/to. D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Não/fa/lou/ MA/is. A 1 2 3 4
Vi/ram/que/sa/bi/a/fa/zer/TU/do, E 1 2 3 4 5 6 7 8 9
A/TÉ/mu/le/cas/pa/ra͡ a/CA/sa/GRAN/de. F
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 De/pois/FA/lou/SÓ/, G 1 2 3 4 5
SÓ/dian/te/da/ven/TA/ni/a H 1 2 3 4 5 6
Que/ain/da/vem/do/su/DÃO/; I 1 2 3 4 5 6 7
Fa/lou/que/que/ri/a/FU/gir J 1 2 3 4 5 6 7
Dos/se/nho/res/e/das/ju/DI/a/ri/as/des/te/mun/do E 1 2 3 4 5 6 7 8 91011 12 13 14 15
Pa/ra/ o/Su/mi/DOU/ro. L 1 2 3 4 5 6

Analisando o poema nota-se a ausência de uma métrica específica, acentuando a liberdade de um novo ritmo, livre e imprevisível. Composta por duas estrofes, a primeira é uma sétima e a segunda uma sextilha, evidenciando-se a liberação e mescla de todos os tipos de estrofes e versos.
Com relação às figuras de linguagem, a metáfora está explícita no terceiro verso da primeira estrofe,

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