INSIDE JOB
Resenha
O Filme:
Inside Job é um filme documentário produzido, escrito e dirigido por Charles Ferguson e narrado por Matt Damon, que estreou no final de 2010.
Da mesma forma que a Grande Depressão (crash de 1929) gerou muitos filmes (de dramas a comédias), a crise econômica de 2008 gerou o documentário Inside Job, que tenta expor a verdadeira história da crise global, iniciada nos Estados Unidos da América (EUA) e que se espalhou pelo mundo, provocando perdas estimadas em 20 trilhões de dólares (cifra utilizada para divulgar Inside Job como a película “mais cara do mundo”) e milhões de empregos, além do número de pessoas que perderam suas casas hipotecadas.
Ferguson realizou um interessante trabalho de pesquisa, …exibir mais conteúdo…

Os derivativos ganham espaço e tudo é securitizável (ou seja, as dívidas são transformadas em ativos financeiros), na intenção de minorar os riscos. Créditos hipotecários, financiamentos de veículos, cartões de crédito e outros empréstimos são “mixados” para criar a Collateralized Debt Obligation – CDO (Obrigação de Dívida Garantida).
Os bancos pagam as agências de rating e estas avaliam as CDOs com notas “AAA”. As CDOs são vendidas a investidores, a procura aumenta, os bancos lucram e buscam mais negócios. Com a securitização, o cuidado com o risco de crédito diminui. O importante é emprestar mais e operações mais arriscadas implicam em cobrança de juros maiores. Na busca de mais clientes e ganhos, há grande aumento de empréstimos subprime (crédito hipotecário de alto risco), que são unidos em CDOs.
Em “A Bolha” (Parte 2), Insided Job, aprofunda em como a bolha das hipotecas cresceu... Como qualquer um tinha acesso ao crédito hipotecário, aumentou a demanda por imóveis residenciais e os preços dispararam.
Em 10 anos, de 1996 a 2006, enquanto o preço dos imóveis multiplicou por 2, o valor dos empréstimos subprime, multiplicaram por 20, atingindo US$ 600 bilhões por ano.
Seguindo a cadeia, os bancos levantam mais empréstimos para comprar mais hipotecas e gerar mais CDOs, aumentando enormemente a alavancagem, como um “esquema Ponzi”, ou pirâmide financeira. A esta altura, a SEC