Inicio do magisterio no Brasil
A presente discussão objetiva explorar aspectos históricos sobre o lugar da coeducação no momento em que o magistério primário passou da ocupação majoritariamente masculina, em meados do século XIX, para a ocupação feminina, no século XX. A educação de meninas e a feminização do magistério, ocorridas ainda no século XIX, são analisadas no fluxo das reformas que aconteceram no final do século XIX e só podem ser entendidas a partir da ideia de modernização instaurada no país, na transição do século XIX para o século XX.
Palavras-chave: coeducação; educação feminina; feminização do magistério.
No Brasil, como em muitos outros países do mundo ocidental, o magistério primário passou de ocupação majoritariamente masculina, em meados …exibir mais conteúdo…
O ensino trouxe a algumas mulheres uma maior independência econômica, com relação àquela que poderiam ter alcançado de outro modo.
A coeducação também desempenhou um papel na feminização da instrução primária no Brasil. Criou mais oportunidades para mulheres entrarem no magistério porque se podia confiar a regência das aulas mistas às mulheres, e não limitá-las a só lecionar nas escolas para meninas. E a introdução da coeducação nas escolas normais aumentaria o número de mulheres e diminuiria o número de homens matriculados, mudando, assim, o futuro caráter da magistratura.
Em 1867, em sua crítica ao sistema educacional público brasileiro, Antonio de Almeida Oliveira7 propôs a coeducação, mas reconheceu a profunda oposição que isso representava. Enquanto a coeducação continuava sendo vista como suspeita, ou pelo menos desaconselhável às elites brasileiras, como em outros países católicos, ela era aceita apenas por uma questão econômica, particularmente em cidades onde o ensino separado entre os