G PED DIDP 3 1 02

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Aula: 02
Temática: A Disciplina Didática em seu processo histórico
Na aula anterior mencionamos que as correntes do pensamento científico do final do século XX e início do XXI distanciaram-se desse modelo de explicação causal linear. Por exemplo, as pesquisas do Grupo Interdisciplinar do Instituto Santa Fé nos
Estados Unidos, demonstraram que a maior parte da natureza é não linear, não sendo, então, facilmente previsível. Um bom exemplo da não linearidade da natureza é o tempo atmosférico, no qual muitos componentes interagem de modo complexo e configuram uma notória imprevisibilidade.
Os ecossistemas, as entidades econômicas, os embriões em desenvolvimento são outros bons exemplos de “dinâmica complexa”, que desafiam a análise ou
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O modelo mecânico do discurso científico da Idade Moderna buscou regularidades e leis naturais em todo objeto de estudo. A “racionalidade científica” tornou-se a marca da verdade e o motor do progresso, pressupondo um objetivo para a marcha humana, um projeto evolutivo a ser cumprido, um destino.
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DIDÁTICA E PRÁTICA

No campo da Didática, o esquema de explicação dos fenômenos por meio de uma relação linear de causa-efeito, reforçou a idéia de que a pessoa aprende por meio da aplicação de um correto método de ensino. E mais ainda, a idéia de que o desenvolvimento humano tenderia a evoluir, linearmente, em direção à construção do raciocínio hipotético-dedutivo. No início do século XXI, os educadores vêm constatando que o processo de aprendizagem/ensino não é tão previsível nem tão linear como vinha sendo praticado ao longo de três séculos, e está muito mais próximo dos sistemas não lineares.
LEWIN (1994) observa que, à primeira vista, os sistemas não lineares podem parecer complexos, mas, na realidade, são produzidos por um conjunto relativamente simples de sub-processos. A noção de sistemas não lineares origina-se no modelo proposto pelo físico Ilya Prigogine, Prêmio
Nobel de Física em 1977, com a sua Teoria das Estruturas Dissipativas, também conhecida como Teoria do Caos.
O modelo de natureza não linear tem sido nomeado por muitos autores, como DOLL (2002), de “paradigma

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