Capítulo 1 – O aparelho psíquico: Não sabemos muito sobre a nossa psique, nosso conhecimento é bastante remoto sobre seus componentes, mas sabemos que existe o órgão corporal – o cérebro (ou sistema nervoso) – e nossos atos de consciência. O que existe entre eles, para nós é um mistério, mas há duas hipóteses, a primeira relacionada com a localização, presumimos um aparelho psíquico. A mais antiga dessas áreas psíquicas, chamamos id – está presente desde o nascimento, tem a ver com as pulsões, que vem da organização somática e sobre a influência do mundo externo teve uma porção que teve desenvolvimento especial – antes uma camada cortical, agora uma organização especial que é intermédia entre o id e o mundo externo: nasceu o ego.

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Há também o caso de crianças que são precoces em seu interesse pelo

órgão sexual – logo, a psicanálise acredita que a vida sexual começa antes da puberdade, ao nascimento. É inegável que na infância já temos sinais de atividade corporais ligadas a atividades psíquicas que vemos mais tarde, na vida erótica adulta (como a fixação) – esse fenômeno tem clímax ao quinto ano de idade e depois vem uma calmaria.

Após o fim do período de latência, a vida sexual tem um novo avanço, uma segunda eflorescência – puberdade, e o início da vida sexual se torna difásico. O primeiro órgão que é uma zona erógena é a boca, primeiramente a energia psíquica se concentra aí e a importância da nutrição (autopreservação). Nessa fase oral, já ocorrem impulsos sádicos com o nascimento dos dentes. Na segunda fase – anal, a satisfação é procurada na agressão e excreção. A fase fálica, precursora da vida adulta sexual, já se assemelha a ela, mas apenas o órgão genital masculino apresenta papel importante nessa fase. Na fase fálica a sexualidade atinge seu apogeu e os sexos divergem, o menino entra na fase edipiniana e menina no complexo de Electra (reconhecendo sua inferioridade por não ter um pênis). Nas duas primeiras fases há busca do prazer, na fase fálica já há certa organização.

A organização completa só se dá na puberdade com a fase genital, então