Fichamento - o narrador (walter benjamin)

1975 palavras 8 páginas
Universidade Federal de Minas Gerais
Faculdade de Letras
Aluno: Paloma Lopes Arantes Matrícula: 2012033541
Curso: Comunicação Social (Jornalismo/RP) – 2° período
Teoria da Literatura I Prof.: Marli de Oliveira Fantini Scarpelli
Referência: BENJAMIN, Walter. O narrador. in: Magia e técnica, arte e política.São Paulo: Editora Brasiliense. 1985. págs. 197 – 221 I.
Nesse primeiro subtítulo, Benjamin fala do desaparecimento gradual da figura do narrador, que apesar de ser algo que conhecemos não nos é próximo, da raridade que é encontrar alguém que saiba narrar algo devidamente e atribui a causa às “ações da experiência que estão em baixa” (pág.198) * “(...) o narrador não está de fato presente entre nós (...). Ele é algo
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(...) Na realidade, esse processo, que expulsa gradualmente a narrativa da esfera do discurso vivo e ao mesmo tempo dá uma nova beleza ao que está desaparecendo (...).” (p. 200-1) V.
Para Benjamin, o surgimento do romance no período moderno é o primeiro indício da evolução que culmina na morte da narrativa, a origem do primeiro é o indivíduo isolado, é algo que não procede da tradição oral, que não contém, segundo o próprio, a menor centelha de sabedoria. * “O que separa o romance da narrativa (e da epopéia no sentido estrito) é que ele está essencialmente ligado ao livro. (...) A tradição oral, patrimônio da poesia épica, tem uma natureza fundamentalmente distinta da que caracteriza o romance. (...) ele [o romance] não procede da tradição oral nem a alimenta. (...) O narrador retira da experiência o que ele conta: sua própria experiência ou a relatada pelos outros. (...) O romancista segrega-se. A origem do romance é o indivíduo isolado, que não pode mais falar exemplarmente sobre suas preocupações mais importantes e que não recebe conselhos nem sabe dá-los. Escrever um romance significa, na descrição de uma vida humana, levar o incomensurável a seus últimos limites.” (p.201) VI.
Na ascensão e consolidação da burguesia, o romance encontra as condições favoráveis para seu ‘florescimento’, e quando isso acontece, a narrativa se torna aos poucos arcaica. É também com a

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