Fichamento de bauman, zygmunt. prefácio, introdução – a sociologia depois do holocausto. in: modernidade e holocausto, op.cit.

4080 palavras 17 páginas
Holocausto não é tópico da história judaica, nem da história da Alemanha.
Interrupção no curso normal da história
Razão instrumental – fundamental para a construção da administração, da ciência moderna. Burocracia moderna surge dentro desta lógica. Racionalização instrumental dentro de uma burocracia eficiente – paradoxo, educação, conceitos, submeter o humano a um determinado objeto é fundamental para sua realização. Não é Hitler apenas o responsável, processo maior – discussão historiográfica. Holocausto não pode ser reduzido ao fenômeno econômico –reducionista.

Prefácio
Imagem que o autor tinha do Holocausto: “Sabia, claro, do Holocausto. Partilhava uma imagem do Holocausto com tantas outras pessoas da minha geração e das gerações
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[...] E dessa forma vemos que enquanto o volume, a profundidade e a qualidade acadêmica das obras crescem num ritmo impressionante, o mesmo não acontece com o espaço e atenção a ela dedicados em textos gerais de história moderna [...] Outra forma do processo é o já mencionado saneamento das imagens do Holocausto sedimentadas na consciência popular. [“...] Ocasiões desse tipo, por mais importantes sob outros aspectos, dão pouca margem a análises em profundidade da experiência do Holocausto – e em especial de seus aspectos mais perturbadores e menos visíveis.” (p.11-12)

“[...] Uma das interpretações possíveis (não necessariamente pretendida pelos defensores) desses e de outros pontos de vista semelhantes é de que, uma vez estabelecida a responsabilidade moral e material da Alemanha, dos alemães e dos nazistas, a procura das causas estará concluída. Como o próprio Holocausto, suas causas foram confinadas num espaço e num tempo limitados (este agora, felizmente, passado). [...] Tudo aconteceu ‘lá’ – em outra época, em outro país. Quanto mais culpáveis forem ‘eles’, mais seguros estaremos ‘nós’ e menos teremos que fazer para defender essa segurança. [...] O efeito geral é, paradoxalmente o de tirar o espinho da memória do Holocausto. Silencia-se, deixa-se de ouvir, mantém-se confinada a mensagem contida no Holocausto sobre nosso atual modo de vida – sobre a qualidade das instituições em que confiamos para nossa segurança, sobre a validade dos critérios com os

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