Fichamento de Penas Perdidas - Louk Hulsman
7258 palavras
30 páginas
Fichamento da primeira parte do Livro “Penas Perdidas - O sistema penal em questão”Primeira parte:
Conversas com um abolicionista do sistema penal
1. Situações e Acontecimentos
Jacqueline Bernat de Celis em entrevista ao Louk Hulsman o apresenta como um grande abolicionista, que obviamente faz jus a sua pessoa. Louk Hulsman foi convidado para ser professor da universidade de Rotterdam, em 1964, essa oportunidade apareceu quando ainda trabalhava no Ministério da Justiça, e antes trabalhou no Ministério de Defesa dos países baixos, mas essas atividades não tinham nada a ver com os problemas do sistema penal. Ele acredita que sempre teve uma espécie de vocação, pois desde o começo, no Ministério de Defesa já se revoltava …exibir mais conteúdo…
Segundo Louk Hulsman, este homem comum não existe e nada mais é do que um meio de legitimação do sistema vigente, ele é criado por números que irreais, ou seja, não expressam o que realmente é.
A maior parte da sociedade não sabe o que se passa no sistema penal, muito menos sentem vontade de se interar da situação, embora sintam que há algo de errado nesse sistema. Podemos esperar então, que a população, quando se derem ou quiserem se dar conta que essa máquina tem o intuito apenas de punir, tendo uma “consciência” poderá haver um protesto para abolição.
2. Os Bons e os Maus
A mídia e as produções dramáticas perpetuam a ideia simplista de que há bons de um lado e maus de outro, mas as pessoas e situações são imprevisíveis e geralmente não obedecem a essa simplificação.
Há pessoas que são críticas em relação a este maniqueísmo das instituições que caem no erro de acharem que as leis e as estruturas promoverão a paz social. Então se mantêm a justiça (policiais, juízes e legisladores) que protegem a ordem sempre do lado bom, contra os “delinquentes” (os anormais sociais) não importando o motivo do mal causado, sempre do lado mau.
3. A Máquina
A defesa do sistema se dá de várias formas: o Código Penal limita as condutas puníveis, o Código de Processo Penal garante o não arbitramento das prisões, os juízes são