Farmacocinética Infantil
A prescrição pediátrica, ou seja, a prescrição medicamentos para uso infantil, deve ser precisa, segura e eficaz. Isso pode ser uma tarefa bem difícil, uma vez que não há evidências científicas que sejam suficientes para garantir que esse medicamento será, de fato, preciso, seguro e eficaz, resultando em risco para a criança1.
Os medicamentos de uso pediátrico são aprovados pelos órgãos regulatórios e liberados para o consumo influenciados, em sua grande maioria, por interesses de cunho comercial, deixando, assim, de lado, questões clínicas1. Isso resulta em medicamentos não licenciados e prescrição off label. Em geral, a prescrição é baseada na experiência e julgamento do médico pediatra ou clínico geral, que decidirá sobre indicações, dosagens e formulações, muitas vezes de forma arbitrária2. A prescrição off label ocorre quando o médico prescreve um medicamento para uma causa que não seja aquela a qual o medicamento foi indicado.
Na prática clínica, a prescrição racional de medicamentos deve considerar o emprego de dose capaz de gerar efeito farmacológico, conceito de eficácia; gerando efeitos tóxicos mínimos, ou seja, que tenha segurança. Dessa forma, é necessário que haja consideração e avaliação das características fisiológicas da criança, de acordo com o seu período de desenvolvimento, além de parâmetros farmacocinéticos do fármaco3.
As características fisiológicas das crianças são