Evolução Motora de Crianças com Paralisia Cerebral Diparesia Espástica
doi: 10.4181/RNC.2013.21.808.9p
Evolução Motora de Crianças com Paralisia
Cerebral Diparesia Espástica
Motor Development of Children With Cerebral Palsy Spastic Diparetic
Lenita Pedregoza Dias dos Santos1, Marina Ortega Golin2
RESUMO
ABSTRACT
Objetivo. Descrever a evolução motora de crianças com diagnóstico de Paralisia Cerebral (PC) Diparesia Espástica submetidas a tratamento fisioterapêutico pelos acadêmicos do curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina do ABC – FMABC e as estratégias de intervenção adotadas. Método. Trata-se de estudo retrospectivo realizado com prontuários do Centro de Reabilitação do Hospital Estadual Mário
Covas de Santo André (CRHEMC) de crianças atendidas no período de agosto de …exibir mais conteúdo…
Em 50% dos casos há disfunção da fala, sendo que as anormalidades associadas mais frequentes são as dificuldades de aprendizado8.
O prognóstico nesses casos depende evidentemente do grau de dificuldade motora, da intensidade de retrações tendinosas e deformidades esqueléticas e da disponibilidade e qualidade da reabilitação4. No entanto, para ser ter um bom prognóstico para marcha sem auxílio é necessário que a criança adquira controle cervical até um ano de idade e equilíbrio de tronco sentado até dois anos; já para marcha com apoio o paciente precisa adquirir o controle cervical entre um e dois anos e equilíbrio de tronco sentado entre dois e três anos de idade e um prognóstico reservado para marcha funcional consiste na aquisição de controle cervical após os dois anos e controle de tronco após três anos9.
É senso comum que crianças com PC beneficiam-se de programas de tratamento fisioterapêutico, especialmente quando iniciados precocemente10. A reabilitação nesses casos proporciona múltiplas possibilidades, sendo que o fisioterapeuta deve estabelecer as prioridades de tratamento para cada criança nas diferentes etapas do desenvolvimento4.
Um dos métodos para o tratamento mais utilizados é o Conceito Bobath, que tem como objetivo incentivar e aumentar a habilidade da criança em mover-se funcionalmente de maneira mais coordenada. O manuseio empregado por essa técnica influencia o tônus muscular através dos pontos chaves de controle, reduzindo as