Eutanasia e Distanasia
O sofrimento no fim da vida é um dos grandes desafios, que assume novos contornos neste fim de milênio diante da medicalização da morte e do poder que as novas tecnologias dão à profissão médica para abreviar ou prolongar o processo de morrer. A eutanásia e a distanásia, como procedimentos médicos, têm em comum a preocupação com a morte do ser humano e a maneira mais adequada de lidar com isso. Enquanto a eutanásia se preocupa prioritariamente com a qualidade da vida humana na sua fase final, eliminando o sofrimento, a distanásia se dedica a prolongar ao máximo a quantidade de vida humana, combatendo a morte como o grande e último inimigo.
Palavras-chave: eutanásia, morte assistida, bioética, relação médico paciente
INTRODUÇÃO
O tema bioética tem ganhado espaço nos campos discursivos e científicos, dado a sua relevância, pois se trata, efetivamente, da condição ou “incondição” da dignidade ou da não dignidade da vida e da existência humana. Dentre as várias discussões que cercam a temática, destaca-se a eutanásia, que é um dos pontos mais complexos dentro dos estudos bioéticas O compromisso com a defesa da dignidade da vida humana, na grande maioria dos casos, parece ser a preocupação comum que une as pessoas situadas nos diversos lados da discussão sobre eutanásia e distanásia. Este fato é importante porque indica que as discordâncias ocorrem mais em relação aos meios a utilizar, do que em relação ao fim desejado. Isto não significa