Etica a liberdade como destino segundo jean-paul sartre.pdf
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ÉTICA: A LIBERDADE COMO DESTINO SEGUNDO JEAN-PAULSARTRE
Cléa Gois e Silva
Professora Assistente - Filosofia
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Veiga de Almeida - RJ
Sartre iniciou a sua atividade de filósofo com as
investigações sobre
psicologia “fenomenológica” tendo por objeto o eu, a imaginação e as emoções. O ponto de partida destas pesquisas era já a noção de intencionalidade da consciência, mas Sartre opõese desde início a Husserl pela sua interpretação existencialista
desta noção. O ensaio sobre
A Transcendência do Ego começa pela afirmação de que “o eu não é um habitante da consciência” 1
; que ele “não está na consciência, nem formalmente nem materialmente,
mas sim fora , no …exibir mais conteúdo…
“A fissura interior à consciência é nada fora daquilo que nega e só pode ter o ser enquanto não vista, este negativo, que é um nada de ser, e ao mesmo tempo um poder nulificante, é o nada. Em nenhum lugar o poderemos atingir numa tal pureza. Em toda a parte, é preciso, de um modo ou de outro, conferir-lhe o ser-em-si enquanto nada. Mas o nada que surge no coração da consciência não é , mas sim foi “9. Condicionando a estrutura da consciência, o nada condiciona a totalidade do ser, que o é apenas pela consciência e na consciência. Sartre realça o significado negativo dos termos aparentemente positivos com os quais Heidegger descreve ou caracteriza a existência. Que o Dasein esteja fora de si, no mundo, que seja
“um ser da distância, que seja cuidado, que seja as suas próprias possibilidades, equivale a dizer, segundo Sartre, que ele não é em si, que não é a si mesmo numa proximidade imediata e que ultrapassa o mundo na medida em que se coloca a si mesmo como não existente em si e como não existente no mundo “10. Estas características pertencem todas ao ser-para-si, isto é, ao ser da consciência. Daqui deriva a tese fundamental de Sartre: o ser devido ao qual o nada surge no mundo deve ser o seu próprio nada. A consciência é o seu
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próprio nada na medida em que se determina perpetuamente a não ser o em-si. Ela funda-se a si mesma enquanto rejeita de si um certo ser ou uma certa