EXERCÍCIOS
Cada habitante da Grande SP tem até 201 mil litros de água por ano, menos de um décimo dos 2,5 milhões de litros usados como referência pela Organização Mundial da Saúde para regiões autossustentáveis. O Ceará tem 2,2 milhões de litros/ano; a Paraíba, 1,3 milhão de litros/ano e o Rio de Janeiro, 2,18 milhões de litros/ano. Embora haja, hoje, um relativo equilíbrio entre oferta e demanda, trata-se de uma equação frágil, pois uma seca prolongada levará à falta de água, avalia o superintendente de produção da Região Metropolitana da
Sabesp, Hélio Castro: “É bastante preocupante a situação por causa da baixa disponibilidade.
Já trazemos de outra bacia [do Piracicaba] 50% da água. Não tem jeito, dois anos de seca já afetariam [o abastecimento]”. Para ele, caso não haja problemas, o sistema atual deve suportar até dez anos. “Mas, até lá, teremos disputa pela água com outras regiões. Teremos percalços políticos a enfrentar”, diz o superintendente. Castro fala em política, porque já em
2014 a Grande SP terá pela frente uma disputa com a região de Campinas pela água que é importada da bacia do Piracicaba, pois a outorga (espécie de acordo que divide a água do
Piracicaba) será renovada e a região de Campinas já convive com escassez que afeta seu crescimento econômico3.
A escassez é o problema econômico fundamental.
Esse conceito implica que:
I. Há sempre mais recursos do que necessidades econômicas a serem satisfeitas por uma