SHIBORI
A técnica do “tie-dye” foi desenvolvida em muitos lugares do mundo, desde a América Latina até a Ásia. No Japão, ela foi introduzida pela China por volta do ano 1300 e ali recebeu o nome de Shibori. Este consiste no desenho de um motivo em um pedaço de tecido (normalmente seda ou algodão), em que depois são feitos nós apertados e amarrações com linha, em determinados pontos. O tecido é então tingido com e, como a tinta não penetra nos nós, estes, ao serem desfeitos, criam um padrão de áreas tingidas e não tingidas. Esse procedimento pode ser repetido várias vezes com o objetivo de criar padrões com várias cores. diferentes amarrações usadas no shibori

O Shibori, originalmente, era uma arte praticada pela parcela pobre da população. Na técnica tradicional, o tecido é normalmente de seda ou algodão e é tingido com índigo. índigo

No Japão Feudal, tecidos como algodão ou seda eram caros e inacessíveis, e as roupas populares geralmente eram feitas de tecidos baratos de cânhamo. As pessoas também não possuíam verba suficiente para adquirir novas roupas regularmente; então elas as consertavam, e retingiam-nas. A arte do Shibori evoluiu como um meio de fazer com que roupas velhas parecessem novas. Durante a Era Tokugawa (ou Período Edo), muitas outras técnicas e formas de produzir o Shibori surgiram, fazendo com que este se desenvolvesse por dois caminhos separados: primeiro como a técnica de ornamentação da seda utilizada para a produção de kimonos; segundo,