Danos ecológicos causados pelo caramujo africano achatina fulica no brasil
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DANOS ECOLÓGICOS CAUSADOS PELO CARAMUJO AFRICANO (ACHATINA FULICA) NO BRASILResumo
O caramujo africano Achatina fulica é considerado uma das cem piores espécies invasoras do mundo, causando sérios danos ambientais. No Brasil, 24 dos 26 estados apresentam ocorrência da espécie. Através de levantamentos bibliográficos, foi possível constatar que sua maior ocorrência é em ambientes urbanos, mas já existem indivíduos encontrados em ambientes naturais, o que pode ocasionar um dano ecológico imenso às espécies endêmicas. Ainda é necessário que haja maior divulgação de informações como os danos ambientais e reconhecimento do A. fulica para a população.
INTRODUÇÃO
O caramujo-africano Achatina fulica é um molusco terrestre, …exibir mais conteúdo…
mantidos nas mesmas gaiolas de A. fulica, em laboratório, entraram em letargia, interrompendo qualquer atividade e morreram em 15 dias. Essa interação pode se repetir em ambientes naturais, quando o molusco invasor atingir densidades altas ou, mesmo em densidades menores, se existir fator químico (alelopatia) envolvido (Paiva, 2006).
Em São Paulo, em um estudo realizado por Antunes et al. observou-se um indivíduo de A. fulica no Parque Estadual Carlos Botelho, no município de Sete Barras.
A ocorrência de A. fulica no PECB mostra que, apesar desta espécie ser invasora e ser encontrada principalmente em áreas alteradas e abertas, ela já começou a invadir ambientes naturais como a Mata Atlântica (Antunes,A.Z et al, 2006).
De acordo com informações do Ibama, o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, no
Mato Grosso, também corre risco de ser infestado. O perigo maior, no entanto, está concentrado na região do lixão de Chapada. Os caramujos tomaram conta do lugar e se afastaram cinco quilômetros em direção ao Parque. O lixão tem área de 17 hectares. A preocupação é que eles invadam a reserva à procura de comida. De acordo com o chefe do Núcleo de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama, Jacob Ronaldo Kuffner, que esteve no local colhendo exemplares da espécie.
O movimento de indivíduos de A. fulica varia ao longo do ciclo de vida (Tomiyama & Nakane 1993) e estações do ano (Raut & Barker 2002). Em regiões com estações bem definidas os animais