Concepção africana de vida e morte

1884 palavras 8 páginas
Filosofia Africana
O adjetivo “africana”, acima mencionado e que qualifica a palavra filosofia, é formado a partir do termo “África” que, segundo alguns estudiosos da linguagem, deriva do Grego “aphriké”, do Berbere “awrigas”, de “afryquah” significando colônia, e do Latim “aprica” significando “exposto ao sol”.~

Desse último significado da palavra África, ou seja, exposto ao sol, e da inconstância sócio-econômico-política do continente africano, forja-se falaciosamente a idéia de que o povo africano não tem “queda” para filosofia, não tem “cabeça” para abstração, para metafísica. Será isso verdade? Não há nessa opinião um preconceito que remonta a Homero, Aristóteles, Platão e outros?
A expressão ”filosofia africana” pode parecer
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Na tradição helênica, a influente escola filosófica do neoplatonismo foi fundada pelo filósofo egípcio Plotino, no terceiro século da era cristã.
Na tradição cristã, Agostinho de Hipona foi uma pedra angular da filosofia e da teologia cristã. Ele viveu entre os anos 354 a 430, e escreveu a sua obra mais conhecida "Cidade de Deus", em Hipona, atual cidade argelina de Annaba. Ele desafiou uma série de ideias de sua idade incluindo o arianismo, e estabeleceu as noções básicas do pecado original e da graça divina na filosofia e na teologia cristã.
Na tradição islâmica, Ibn Bajjah filosofou junto com linhas neoplatônicas no século XII. O sentido da vida humana, de acordo com Bajjah, era a busca da felicidade, e essa felicidade verdadeira só é atingida através da razão e da filosofia, até mesmo transcendendo os limites da religião organizada.
Ibn Rush filosofou segundo as linhas aristotélicas, estabelecendo a escolástica do Averroísmo. Notavelmente, ele argumentou que não haviam conflitos entre a religião e a filosofia, uma vez que existem diversos caminhos para Deus, todas igualmente válidas, e que o filósofo está livre para tomar o caminho da razão, enquanto que as pessoas comuns só eram capazes de tomar o caminho dos ensinamentos repassados a eles.
Ibn Sab'in discorda dessa ideia, alegando que os métodos da filosofia aristotélica eram inúteis na tentativa de entender o universo, porque elas não refletem a unidade básica com Deus e consigo

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