Caso Zara
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REV. 6 DE SETEMBRO DE 2007
ANDREW MCAFEE
VINCENT DESSAIN
ANDERS SJÖMAN
op yo Zara: TI para Moda Rápida
Numa bela noite de agosto de 2003, Xan Salgado Badás e Bruno Sánchez Ocampo acomodaram-se numa mesa de seu bar de tapas favorito na cidade espanhola de La Coruña, pediram uma porção de pulpo gallego (polvo à Galiciana) e continuaram a discutir.
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Salgado era diretor de TI da Inditex, uma multinacional varejista e fabricante de vestuário com sede em La Coruña (ver no mapa da Figura 1). Ele era chefe de Sánchez, embora os dois já trabalhassem juntos há tanto tempo que pouco importava àquela altura a relação formal de subordinação entre eles. Esta certamente não impedia Sánchez de discordar de cada ponto de vista defendido por Salgado durante sua discussão sobre os terminais de ponto-de-venda (PDV) utilizados pela Zara, a maior cadeia de lojas da Inditex. Sánchez era o responsável técnico pelo sistema de PDVs e, por isso, o assunto era muito importante para ele.
“Está na hora de fazer um upgrade”, disse Salgado.
“Não, ainda não”.
“Está, sim. É arriscado deixar que fiquem tão para trás com relação à tecnologia atual”.
No
“Não, é mais arriscado promover um upgrade só para nos ‘mantermos atualizados’. O software está funcionando bem, não convém mexer nele”.
“Mas ele funciona com o DOS e, como você sabe, a Microsoft nem dá mais suporte para ele”.1
“E você sabe que o DOS não tem mais suporte há anos, e que