Ataque por cloretos
As reações ocorrerão quando houver disponibilidade de oxigênio e do pH próximo à superfície do metal (ANDRADE, 1992), como representado pelas equações abaixo:
2H + 2e- → H2 (2)
H2O + 1/2O2 + 2e- → 2OH- (3)
As reações supramencionadas são ilustradas pela Figura 1.
Figura 1: Modelo da corrosão de armaduras no concreto. Fonte: CASCUDO, 2005
A armadura no interior do concreto encontra-se protegida química e fisicamente. A fase aquosa contida nos poros fornece a proteção química, pois possui alta alcalinidade, favorecendo a formação de uma camada de óxidos de ferro estáveis, compacta e aderente sobre a superfície do aço, chamada de camada de passivação. A proteção física se deve ao concreto de cobrimento, o qual impede a penetração de agentes agressivos desencadeadores da corrosão. O aço contido no concreto permanece, em condições normais, em um meio alcalino que permite que elas trabalhem na região de passividade do diagrama de Pourbaix. Entretanto, essa passividade pode ser alterada pela presença de íons cloreto em quantidades suficientes para romper pontualmente a película passiva, conhecida por corrosão por cloretos (localizada, ou por pites). A propagação da corrosão por estes íons envolve a dissolução do metal pela região anódica no fundo do pite e o balanceamento pela região catódica na superfície adjacente. Para manter a neutralidade dentro do pite ocasionada pelo aumento de cátions metálicos, ocorre