A revolução inglesa de 1640
A burguesia inglesa, ou pelo menos a sua parcela mais poderosa, participava das companhias privilegiadas de comércio, que se enriqueciam com a exploração colonial e com a expansão do comércio inglês.Esta alta burguesia, intimamente ligada a gentry, durante o século XVI, participava da corte da Rainha Elizabeth e financiava as guerras da dinastia Tudor. A nova nobreza, além de se beneficiar com a apropriação das terras da Igreja, beneficiou-se também com os cercamentos, isto é, com a expulsão dos camponeses de suas terras, substituindo a agricultura pela rendosa criação de carneiros, fornecedora de matéria-prima (lã) para as manufaturas inglesas. A alta burguesia monopolista e a nova nobreza apoiavam o governo dos Tudor, que os favorecia. No século XVII, encontramos uma burguesia capitalista bastante desenvolvida. Mas o estado absolutista feudal era um obstáculo ao avanço do capitalismo como um todo, pois intervinha nas atividades econômicas, impedindo a livre concorrência. Esse Estado, que havia contribuindo para o evolucionismo da burguesia, tornou-se um empecilho a este desenvolvimento. A burguesia, que até 1588 lutara pela sua sobrevivência, aliada aos monarcas absolutistas, no século XVII lutara pelo poder político, o que implica a derrubada do Estado Absolutista. Dentro da burguesia, operou-se uma diferenciação. Com o surgimento da produção manufatureira, a média burguesia, que não