A produção social da identidade e da diferença
Contudo, embora a identidade tende a fixação, este processo oscila entre o processo que tende a fixá-la e estabilizá-la e o processo que tende a subvertê-la e desestabilizá-la, tornando-a cada vez mais complicada. Por isso, a identidade e a diferença têm que ser representadas, pois somente a partir da representação estes adquirem sentido. É preciso lembrar que “quem tem o poder de representar tem o poder de definir e determinar a identidade” (p. 91). Assim, torna-se fundamental identificar a produção da identidade e da diferença, ou dito de outra forma, questionar os sistemas de representação que lhes sustentam. Tadeu também diz que a produção da diferença e da identidade pode ser explicada através da performatividade que tem mais a ver com o tornar-se do que com o ser. Para maior esclarecimento a performatividade é apresentada como sendo proposições como “eu vos declaro marido e mulher”, “declaro inaugurado esse momento”, ou “te prometo que te pagarei”. Até aí tudo natural. Todavia quando se diz “aquele negão é ...” se reforça a negatividade do ser negro. Isso é performatividade que explica a formação da diferença uma vez que o termo “negão” só tem sentido se já cristalizado, o que requer aceitação coletiva. No ultimo tópico, o autor sintetiza as questões abordadas no texto que envolvem a identidade não como essência fixa e tampouco homogênea; dizendo que a identidade é uma