A interiorização da metrópole
Assim, para Dias, o curso da separação política brasileira se liga forçosamente aos conflitos internos do reino, diretamente despertado pelos ideais da Revolução Francesa, de modo que esta revolução seria a responsável pelos conflitos internos entre as novas tendências liberais e os que de alguma forma tentariam a conservação de uma estrutura medieval contra as inovações que a nova Corte intentava impor no Brasil.
No entanto a colônia portuguesa não estava estruturada para receber a Corte e vir a ser metrópole, pois a situação econômica brasileira era bastante desfavorável, de tal forma que a instalação da Corte no Brasil traria benefícios, no que se remetem as obras públicas, pois a Nova Corte tentaria a estruturação da colônia para vir a ser uma metrópole tal qual Portugal. Esta tentativa de organização não obteve sucesso de tal forma que estas reformas de modernizar o novo reino culminam na revolução liberal do Porto.
Para não sair do foco, ou melhor, da questão Dias analisa o processo de independência brasileira como um processo que, ao contrario da historiografia tradicional, não se da fundamentalmente me 1822 e sim se desencadeia desde 1808, quando a corte portuguesa se instala no Brasil, pois a vinda desta para o Brasil e a