A entrevista familiar diagnóstica. Importância da sua inclusão no Psicodiagnóstico de Crianças
“O sintoma da criança é o emergente de um sistema intrapsíquico que está, por sua vez, inserido no esquema familiar também doente, com a sua própria economia e dinâmica.”
“Uma criança psicótica é a depositária da loucura de todo o grupo familiar, que permitirá que ela se recupere ou não, dependendo de até que ponto cada um dos membros da família estiver disposto a assumir o grau de doença pelo qual é responsável.”
“As hipóteses originadas nas entrevistas com o casal e naquela com o(a) filho(a) (ou seja, aquilo que a sua hora de jogo e os testes indicam devem ser consideradas provisórias até serem comparadas com as que apareceram na entrevista familiar.”
“Quanto mais grave for a hipótese diagnóstica, mais necessária será a entrevista familiar, por exemplo, nos casos de psicose, quadros boderline, perversão psicopatias ou hipocondrias graves. Quando há suspeita de uma psicose simbiótica ou, pelo menos, de uma simbiose não resolvida é conveniente incluir também uma entrevista com o binômio em questão.”
“Outro motivo importante para realizar uma entrevista familiar é que ela propicia condutas observáveis para os pais, a criança e o profissional que podem ser tomadas como ponto de referência na devolução do diagnóstico. Em muitos casos o conflito é evidente somente para o profissional, sempre que houver confirmação das suas hipóteses no material clínico.”
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