A categoria sociedade civil na tradição liberal e marxista

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A Categoria Sociedade Civil na Tradição Liberal e Marxista A problemática da sociedade civil representava o campo do chamado “econômico”, o reino do conflito, das necessidades. O conflito se dava em vários planos. Entre burgueses e classes trabalhadores e entre os próprios burgueses. A racionalidade da economia era atribuída à auto-regulação das relações sociais capitalistas, vulgarmente chamadas de “mercado”. Esse requeria uma postura diferenciada do Estado que deveria proteger os contratos, a propriedade, a liberdade. Do Estado se requeria a não intervenção nos negócios da burguesia e se tolerava alguma forma de “proteção” aos trabalhadores, desde que isso não afetasse os interesses maiores do capital.
Introdução
A
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Segue-se daí, a construção de um Estado de direito, da definição de normas jurídicas preestabelecidas. Um aspecto importante a ressaltar é aquele que, ao identificar elementos comuns no pensamento de Hobbes e Locke, toma como referência a idéia de sociedade. Para eles, sociedade aqui é equalizada a sociedade civil. A natureza civil do conceito ganha uma dimensão central na determinação da sociedade. Estes autores inauguram o que pode ser chamado de concepção liberal de Estado e sociedade. Ao considerar o estado apenas como guardião dos interesses privados, e, portanto, somente reclamando quando apoiado na forma das leis civis, o que está se reafirmando são duas direções: a primeira, a que coloca o indivíduo como figura central na construção da sociedade, e a segunda que vê o Estado como mediação necessária á vida em sociedade, onde, “quer se trate de riqueza materiais, das instituições políticas ou das noções morais é a subjetividade humana que é a criadora e que funda o valor econômico, a legitimidade política ou a validade conceitual”. 2. O debate sobre a sociedade civil em Hegel: os elementos de cisão entre Estado e sociedade civil Para Hegel, o ponto de partida é o Estado. Neste, a família e a sociedade civil desdobram-se e tornam-se seus supostos, como subordinadas às suas leis e aos seus interesses. “O estado surge da multidão tal como esta existe enquanto membros da família e da sociedade civil”. Hegel vai reconhecer que o estado necessita da

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