A Teoria da Montagem no Filme "Cidadão Kane"

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A Teoria da Montagem no Filme "Cidadão Kane"
O teórico e crítico André Bazin defende em suas formulações que o cinema deve seguir rumo a um estilo narrativo cada vez mais realista, no qual a montagem teria um papel pequeno. A ideia de significação pela combinação de imagens como na Vanguarda
Russa, deixa de ser o princípio fundamental do cinema. Bazin propõe que na montagem deve haver continuidade, tanto no desenvolvimento das ações, quanto no desenvolvimento das ações sem cortes (plano-sequência).
Só há montagem em momentos imprescindíveis, como por exemplo, na alternância de cenas numa narrativa paralela, ou então na mesma sequência, deve haver racoord
(sentido de continuidade, em que o espectador não percebe os cortes entre as cenas).
Fora isso, a montagem se torna proibida.
Para ilustrar bem as formulações de Bazin a respeito da montagem, o filme ―Cidadão
Kane‖, é um bom exemplo. A produção dirigida por Orson Welles, pertence ao Cinema
Moderno. Ele se caracteriza pela continuidade, a narração como foco principal, história contada pelo ponto de vista de um personagem, ambiguidade na trama, uso do enquadramento de campo e contra-campo e fotografia expressionista. O espectador tem de fazer uma reflexão sobre o que está vendo, ou seja, em meio ao que é mostrado, o espectador decide o que quer ver.
Welles estabelece o uso do plano-sequência (espaço contínuo) e o foco profundo como método (profundidade de campo). Isso que dizer que o sentido é que o foco

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