A BRUXARIA COMO AFIRMAÇÃO DO PODER ESPIRITUAL.
ESPIRITUAL.
RODRIGUES, Márcia Cristina (UNIMEO-CTESOP)
Ao analisar a Idade Média, George Duby afirma que todo poder é de natureza doméstica, participando de uma forma ou de outra, do sagrado. Tal poder é exercido por homens, cabendo a uns preceder e a outros seguir. Não existia uma formação política particular, porém a Igreja Medieval, criava e modificava as idéias políticas e religiosas de acordo com seus interesses. Segundo Alexandre Pierezan, “a Igreja
Medieval reproduziu o modelo de perfeição do Deus que cria o mundo em seis dias e descansa no sétimo“ (PIEREZAN; 2006:74), sendo assim, apoiada no idealismo religioso, buscava mostrar aos fiéis que deveriam seguir os ideais de Deus representados na Santa Madre Igreja.
A Baixa Idade Média é representada pela relação dos poderes políticos e religiosos: o Estado representado pelo Rei e a Igreja tendo o Papa como senhor maior possuidor do poder Espiritual. O dominicano João Quidort, que viveu por volta do século XIII na França, argumenta que “não é fácil a um só dominar o mundo nas coisas temporais. O poder espiritual pode facilmente transmitir a todos, próximos e distantes, as suas penas, por serem verbais. Já o poder temporal não pode fazer que com facilidade o peso do seu gládio, por ser manual, possas ser sentido nos que estão distantes. De
fato,
é
mais
fácil
à
palavra
que
a
mão
atuar
à
distancia.”(QUIDORT;1989:21); podemos perceber como se fazia