A ABERTURA EUROPEIA AO MUNDO – MUTAÇÕES NOS CONHECIMENTOS, SENSIBILIDADES E VALORES NOS SÉCULOS XV E XVI

12918 palavras 52 páginas
Módulo 3

A ABERTURA EUROPEIA AO MUNDO – MUTAÇÕES NOS CONHECIMENTOS, SENSIBILIDADES E VALORES NOS SÉCULOS XV E XVI

1. A GEOGRAFIA CULTURAL EUROPEIA DE QUATROCENTOS E QUINHENTOS

1.1. Principais centros culturais de produção e difusão de sínteses e inovações

A ampliação do conhecimento do Mundo empreendida pelos Europeus nos séculos XV e XVI

A partir de 1450 inicia-se uma nova época, de acordo com a periodização tradicional da História em "Idades": trata-se da Idade Moderna, cujo final se faz coincidir com a Revolução Francesa de 1789.
A Idade Moderna caracteriza-se por um desanuviamento da "trilogia negra" - fomes, pestes e guerras - criando condições propícias às descobertas marítimas.
Nos séculos XV e XVI, o clima de paz,
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No entanto, em diversos campos os renascentistas foram absolutamente inovadores, fazendo dessa época, "uma dessas fases supremas de equilíbrio e plenitude que parecem, de momento, tão sólidas que se acredita serem definitivas".

Os principais centros culturais da Europa do Renascimento

A Itália, ou, melhor dizendo, as cidades italianas (uma vez que a Itália não era então - e só o foi a partir do século XIX - um reino unificado), podem ser consideradas o primeiro centro cultural do Renascimento.
Nos Países Baixos, sob o impulso dos duques da Borgonha, foi estimulada a criatividade de numerosos pintores, entre os quais Jan Van Eyck, inventor da técnica de pintura a óleo. Já no século XV existia um movimento europeu de circulação de pintores flamengos entre a Itália (onde quase todos iam aprender a arte da pintura), os Países Baixos e os mais diversos países da Europa. Também originário dos Países Baixos, Erasmo de Roterdão ficaria conhecido como um exemplo modelar do humanista do Renascimento, devido aos seus escritos plenos de espírito crítico.
Em França, destacaram-se Paris e Lião como lugares centrais do dinamismo renascentista, apoiado por Francisco I.
O Império Germânico, berço da invenção da imprensa, desenvolveu centros de Humanismo em várias cidades e universidades (por exemplo, a universidade de Nuremberga ou a cidade de Colónia). Os pintores renascentistas Dürer e Holbein são originários da Alemanha.
A Inglaterra notabilizou-se pelas

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