Ação Social - Max Weber
Para Weber, a sociologia só pode se definir, enquanto ciência, “tomando-se como ponto de partida a ação do indivíduo, [ou seja, de modo] estritamente individualista quanto ao método” (WEBER, 1920).
O objeto de análise sociológico, portanto, não pode ser estruturas e instituições sociais com sentido intrínseco e exterior ao indivíduo, uma vez que é o indivíduo, como agente social que atua concretamente na realidade, que constrói as estruturas sociais mediante a ação social e lhe confere sentido no intuito de alcançar determinados fins.
Nesse sentido, a compreensão sociológica da ação social deve ser feita a partir da reconstrução, através da análise interpretativa, do sentido e do motivo subjetivo ao agente social. Isso porque “do ponto de vista do agente, o motivo é o fundamento da ação” e do ponto de vista do sociólogo o motivo “figura como a causa da ação” (COHEN, p. 27).
A ação social não pode ser pensada abstratamente e reduzida puramente à dimensão do indivíduo. Ela constitui uma ação social exatamente porque se orienta “significativamente pelo agente conforme a conduta de outros e transcorre em consonância com isso” (idem, p. 26-27). O sentido manifesta-se, portanto, nas ações concretas do agente na sociedade e ele fundamenta tal ação por meio de um motivo que lhe é subjetivo. Interessa portanto, para Weber, a reconstrução do motivo (causa) e a captação do sentido.
Dado que a ação social constitui um meio para a consecução de certo fim desejado pelo