Asma e atividade f�sica em crianças
- Resumo �abstract -resumen
- Lista de abreviaturas
- Introdução
- Revisão de literatura
- Prevalência da asma
- Relação da asma
com a atividade f�sica - Conclusão
- Referências bibliogr�ficas
Este estudo � uma revisão de literatura em que se procurou descrever o pensamento de v�rios estudiosos cujos textos enfatizam o tema "asma e atividade f�sica em crianças". A asma � um problema de sa�de p�blica que afeta a vida de milhões de pessoas no mundo inteiro. Atinge ambos os sexos, todas as faixas et�rias e todos n�veis socioeconômicos.
A alta prevalência da doença, apontada por pesquisadores, m�dicos, pneumologistas, organismos governamentais e não-governamentais, � uma preocupação em v�rios lugares do mundo. No Brasil e no Rio Grande do Sul não � diferente. Atualmente existem v�rios programas e iniciativas que tentam reduzir esses �ndices. O entendimento dos conceitos ligados � asma, a sua descrição e a relação da atividade f�sica em crianças são de suma importância na abordagem dos problemas inerentes � doença.
Portanto, muitos estudos que investigaram esse tema podem e devem ser considerados em prol de ações pr�ticas � principalmente os relacionados �s atividades f�sicas na infância, que ajudam a desmistificar os temores e esclarecer os benef�cios que podem advir de tais atividades. Deseja-se que mais estudos sejam realizados com vistas � minimização do problema.
Palavras-chave: asma em crianças, prevalência da asma e atividade f�sica
ABSTRACT
This study is a literary review in which the description of some studious thoughts is fulfilled, and the texts studied here are about "Asthma and the Physical Activities for Children". Asthma is a public health problem which affects lives of million of people all over the world. Both sexes, male and female, every age range and socio-economic levels are affected by this disease.
The great prevalence of this disease, according to researchers, doctors, pneumologists, non-governmental and governmental bodies, is seriously concerned all over the world. It is not different here in Brazil and in Rio Grande do Sul. Nowadays there are a lot of programs trying to reduce those indexes. It is also very important to understand the concepts related to asthma, its description and its causes to physical activities for children. A lot of studies used to inquire about this topic must be taken into consideration in favor of practical actions � mainly those studies related to physical activities in childhood, which help to clarify the benefits of these activities. More studies about this topic must be done aiming to minimize the problem.
KEY WORDS: asthma in children; asthma prevalence; physical activities.
RESUMEN
El presente estudio es una revisi�n de la literatura
en que se busc� describir pensamientos de algunos eruditos que hab�an
producido los textos con �nfasis alrededor del tema "asma y actividad
f�sica en ni�os". El asma como enfermedad es un problema
de salud p�blica que afecta la vida de millones de personas en el mundo
entero, alcanzando todas las edades y todos los niveles socio-econ�micos.
El gran predominio de la enfermedad se�al� para
algunos eruditos, doctores, pneumologistas, los organismos gubernamentales y
no-gubernamentales que es una preocupaci�n en algunos lugares del mundo
y del �l no son diferentes Brasil y Rio Grande do Sul. Actualmente, algunas
iniciativas y programas existen en este intento para reducir los �ndices
de asma de aparecimiento en algunas regiones y que afectan las clases masculinas
y femeninas.
El acuerdo entendido de los conceptos del asma, su descripci�n
y la relaci�n de la actividad f�sica en ni�os, son de importancia
extrema para ayudar en estos problemas inherentes a la enfermedad. Por lo tanto,
muchos estudios que hab�an investigado este tema pueden y deben ser considerados
en favor de acciones pr�cticas, relacion� principalmente la actividad
f�sica en ni�os que ayudan a hechar abajo el mito y dice claramente
de las ventajas que pueden suceder de tales actividades, contribuyendo junto
con otros cuidados, que no tienen que ser excluidos a los portadores de la enfermedad
asma. Es siempre deseable que m�s estudios sean llevados para la contribuci�n
en la reducci�n de este problema de salud p�blica que est�
presente en las realidades m�s diversas.
DESCRIBERS: asma en ni�os, preponderancia del asma y de la actividad f�sica.
AIE Asma induzida pelo exerc�cio
ATS American Thoracic Society
BIE Broncoespasmo induzido pelo exerc�cio
CID Classificação Internacional de Doenças
CIS Centro de Informações a Sa�de
DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica
HLA Health Latin America
HRB Hiper-responsividade brônquica
ISAAC International Study of Asthma and Allergies in Childhood
OMS Organização Mundial de Sa�de
PEA Projeto Educação em Asma
PNCA Programa Nacional de Controle da Asma
SBPT Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
SUS Serviço �nico de Sa�de
Como em diversas �reas de estudos das ciências da sa�de, os m�dicos pneumologistas vêm apresentando, atrav�s de estudos epidemiol�gicos, resultados cient�ficos que apontam expressivos �ndices de doenças respirat�rias que têm afetado a população mundial. Entre esses estudos, merece atenção especial a alta prevalência de asma, doença que acomete pessoas do mundo inteiro, de ambos os sexos e das mais variadas faixas et�rias.
Tendo em vista sua significativa incidência sobre a população, a asma � considerada um problema de sa�de p�blica e, como tal, � enfrentada em todo o mundo por governos e autoridades ligadas aos setores da sa�de.
De acordo com fontes de 2004 da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a prevalência m�dia da asma no Brasil � de 20%. Entre as doenças, ela � a quarta maior causadora de hospitalização no Pa�s.
A asma � entendida como uma doença crônica e de car�ter recorrente �s vias a�reas, as quais torna hiper-irrit�veis e hiper-sens�veis (SAFRAN, 2002). Diversos agentes, tais como poluição, cigarro, al�rgenos, entre outros, contribuem com a doença.
No Brasil, a exemplo de v�rios pa�ses, a incidência de asma tem merecido atenção de diversos setores sanit�rios. Conforme dados do Minist�rio da Sa�de do ano de 2004, 10% da população brasileira apresenta os sintomas da doença, enquanto a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) estima serem gastos mais de R$ 200 milhões para cobrir as quase 400 mil internações hospitalares de pacientes asm�ticos. Conforme o SBPT, a cada ano dois mil brasileiros morrem em conseq�ência da mol�stia.
De acordo com estudos da Health Latin Am�rica (2001), uma das caracter�sticas predominantes da doença � que, em cinq�enta por cento dos casos, ela aparece antes dos dez anos de idade, tendo maior incidência sobre crianças do sexo masculino.
Entre as diversas alternativas de tratamento da asma, muitos estudos apontam os benef�cios proporcionados pelas atividades f�sicas. A essa possibilidade, no entanto, contrapõem-se as d�vidas da população, as quais ocorrem desde aos portadores de asma at� professores de educação f�sica, m�dicos e, principalmente, a pessoas que têm menor conhecimento sobre estudos relacionados �s alternativas de tratamento da doença.
Para uma parcela significativa da população, a atividade f�sica � entendida com fator negativo ao indiv�duo asm�tico. Entretanto, estudos apontam que a pr�tica correta de atividades f�sicas � ben�fica aos portadores da doença, uma vez que esses exerc�cios ajudam a melhorar a mecânica respirat�ria e a efic�cia da ventilação pulmonar (GUALDI, 2004). Observa-se que entre esses estudos � artigos e sites da Internet sobre portadores de asma que praticam exerc�cios �, predominam aqueles sobre atividades cuja pr�tica ocorre em piscinas (natação, hidrogin�stica).
Seguindo a linha de pesquisa que considera a atividade f�sica como alternativa de combate � asma, este trabalho tem por objetivo apresentar uma revisão de literatura em torno dessa doença e, especificamente, da atividade f�sica em crianças. Para atingir esse escopo, foram efetuadas consultas a livros, artigos, revistas e � Internet, em endereços eletrônicos especializados (Medline, Lilacs, Index Medicus…) que abordam os temas asma e atividade f�sica.
- Definição de asma
A palavra asma vem do grego �sthma ("pouco fôlego", "respiração penosa") e do latim asthma ("sufocante", "arquejante"). O termo � adotado h� muito tempo, desde os primeiros escritos da medicina. Ferreira (1986) conceitua asma como uma patologia caracterizada por acessos recorrentes de dispn�ia parox�stica, tosse e sensação de constrição, por efeito da contração espasm�dica dos brônquios.
Apesar de existirem v�rias opiniões em torno do conceito dessa doença e de alguns estudiosos dizerem que � dif�cil defini-la, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2004) diz que a asma � uma doença inflamat�ria crônica das vias a�reas, as quais são o principal mecanismo que torna os brônquios mais sens�veis aos diversos fatores desencadeadores das crises. Por ter car�ter heredit�rio, essa doença não tem cura, mas pode ser perfeitamente controlada com tratamento correto, podendo o paciente ter vida normal e, inclusive, praticar esportes competitivos.
As crises de asma podem ser desencadeadas por diversos fatores, entre eles infecções virais, poeira domiciliar, mofos, cheiros fortes, umidade, emoções e mudanças de temperatura. A asma � caracterizada por crises de falta de ar, chiado, tosse intensa e sensação de aperto no peito.
Uma interessante e abrangente conceituação � apresentada por Mois�s et al. (1993) quando ensinam que a asma � uma doença do aparelho respirat�rio caracterizada por um aumento no grau de reatividade das vias a�reas traqueobrônquicas provocado por diferentes est�mulos e manifestada por um estreitamento generalizado dos brônquios que se resolve espontaneamente ou � custa de medicamentos espec�ficos.
Para Tavares (2001), asma � uma doença al�rgica das vias a�reas, mais precisamente dos brônquios. Estes, por terem sua parede continuamente inflamada, tendem a fechar temporariamente, e isso ocasiona a crise asm�tica. Conforme essa autora, existem os sinônimos de asma, que são asma brônquica, bronquite, bronquite al�rgica ou, ainda, bronquite asm�tica.
A American Thoracic Society define asma como uma responsividade aumentada das vias a�reas a v�rios est�mulos, manifestada por um estreitamento difuso dessas vias, sofrendo, quanto � severidade, manifestações espontâneas ou em resposta ao tratamento.
Tamb�m � v�lido citar a definição de asma apresentada por Gualdi (2004). Essa autora nos traz a posição do Consenso Internacional de Asma ocorrido no ano de 1995, para o qual essa � uma doença inflamat�ria crônica das vias a�reas em que c�lulas e elementos celulares desempenham um papel, em particular mast�citos, eosin�filos, linf�citos T, macr�fagos, neutr�filos e c�lulas epiteliais.
Em pessoas suscet�veis, essa inflamação causa epis�dios recorrentes de sibilos, falta de ar, aperto no peito e tosse, particularmente � noite ou de manhã cedo.
Conforme Mois�s et al. (1993), Betti (1996), Chatkin e Barreto (1996), a asma � uma doença que pode afetar pessoas de qualquer faixa et�ria e nos mais variados locais. Para esses autores, existem v�rios aspectos que podem precipitar a asma e iniciar a hiperatividade das vias a�reas, que são fatores infecciosos, al�rgicos, alimentares, medicamentosos, irritantes, emocionais, al�m da hipersensibilidade não al�rgica a drogas e produtos qu�micos, hormonais, refluxo gastresof�gico e tamb�m o fator precipitante mais conhecido no meio escolar: exerc�cios f�sicos.
Finalmente, o III Consenso Brasileiro de Manejo da Asma, ao caracterizar essa doença, menciona que se trata de:
- obstrução ao fluxo a�reo revers�vel (apesar de não ser completo em alguns pacientes) espontaneamente ou com tratamento;
- inflamação em que muitas c�lulas têm um papel importante, especialmente os mast�citos e os eosin�filos;
- aumento da reatividade das vias a�reas a uma variedade de est�mulos, ou seja, a hiper-responsividade brônquica (HRB);
- epis�dios recorrentes de sibilância, dispn�ia, aperto no peito e tosse, principalmente � noite ou pela manhã, ao acordar.
Os conhecimentos iniciais sobre a asma eram, at� pouco tempo, restritos, por�m, atrav�s dos estudos e com os avanços da medicina nas �ltimas d�cadas, passou-se a conhecer melhor suas causas e os mecanismos envolvidos, surgindo novos medicamentos e tratamentos.
Apesar dos diversos estudos, a asma ainda hoje � uma doença problem�tica, podendo, inclusive, levar � morte. Cada vez mais se acredita que o m�dico não pode atuar sozinho. � fundamental que o paciente, juntamente com a sua fam�lia, acompanhem o tratamento, colaborando ativamente e permitindo que se consiga o controle da doença. O conhecimento da doença � uma das chaves para o sucesso terapêutico, pois cada paciente apresenta a "sua" asma, ou seja, a crise varia de pessoa para pessoa, podendo mesmo variar em um indiv�duo nas diferentes fases de sua vida.
Recentemente, em estudos conjuntos realizados por pesquisadores australianos e su�ços, foi demonstrado que a asma � causada pelo aumento das c�lulas musculares dos brônquios. Na ocasião, o mais importante achado foi a identificação do fator que d� a origem do aumento dessas c�lulas: a ausência da substância CEBT-alpha. Essas pesquisas foram realizadas nas universidades da Basil�ia e de Sydney. Diante de tais descobertas, poderão ser desenvolvidos rem�dios que possam agir exatamente nas c�lulas identificadas, o que representa uma perspectiva promissora para o tratamento da doença.
- Definição de doença e de doença respirat�ria
Doença, do latim dolentia, � "falta ou perturbação da sa�de"; "mol�stia"; "mal"; "enfermidade" (FERREIRA, 1986).
Em artigo que pretende "marcar semanticamente", identificar e diferenciar algumas concepções, Almeida Filho (2000) deixa claro que patologia, transtorno, enfermidade, doença (sickness em inglês) e mol�stia são termos com significados diferentes. A partir do inglês, esse autor faz uma equivalência terminol�gica para a l�ngua portuguesa. Sem a pretensão de ampliar esta monografia, no sentido de fazer levantamento de tais palavras, esta revisão de literatura centra-se no conceito de doença porque � o termo encontrado na literatura em relação � "doença asma", apresentando abaixo algumas concepções.
Conforme V�ctora, Knauth e Hassen (2000), a doença, a partir do pressuposto de que o real � sempre mediado pelo simb�lico, � objeto de representações e tratamentos espec�ficos em cada cultura e, assim, � entendida como um fenômeno social. Essas autoras citam Aug� (1986), que diz que a doença � um objeto privilegiado de investigação, pois coloca em relação, ao mesmo tempo, o biol�gico e o social, o individual e o coletivo.
A importância de se entender o que � doença respirat�ria pode ser facilmente reforçada quando a Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia (SBAI) informa, juntamente com o Instituto Punin, que no Brasil 60 milhões de pessoas sofrem de doenças al�rgicas e respirat�rias. Estas, conforme Lissauer e Clayden (1998), tamb�m são conhecidas como infecções respirat�rias e ocorrem mais freq�entemente na infância.
Estudos registram que tais doenças são a quinta maior causa de mortes na Grã-Bretanha, onde a asma crônica � respons�vel pelo maior n�mero de internações de emergência de crianças.
1.3 Definição de atividade f�sica
Esta � a definição apresentada pelo "Manifesto de São Paulo para a Promoção da Atividade F�sica nas Am�ricas", coordenado pelo Centro de Estudos do Laborat�rio de Aptidão F�sica de São Caetano do Sul (Celafiscs). Suas cartilhas dirigidas � população informam que a atividade f�sica � qualquer movimento corporal decorrente de contração muscular, com dispêndio energ�tico acima do repouso.
Essa atividade pode ser concebida como um comportamento humano complexo, volunt�rio e autônomo, com componentes e determinantes de ordem biol�gica e psicossociocultural. Como exemplos, temos atividades de esportes, exerc�cios f�sicos, danças e determinadas experiências de lazer e atividades utilit�rias. Esse mesmo conceito � corroborado por Guedes e Guedes (1998), que apresentam a diferença entre atividade f�sica e exerc�cio f�sico, considerando o �ltimo como uma subcategoria do primeiro.
Ao conceituar atividade f�sica, Barbanti (2000) diz que se refere � totalidade de movimentos executados no contexto do esporte, da aptidão f�sica, da recreação, da brincadeira, do jogo e do exerc�cio. Em s�ntese, trata-se de todo movimento corporal produzido por m�sculos esquel�ticos que provoca um gasto de energia.
Em sua excelente obra, o conceituado norte-americano Nieman (1999) diz que atividade f�sica � a formula para viver mais, pois esta alivia o estresse e torna as pessoas mais resistentes a doenças, as quais então podem ser evitadas (e mesmo curadas). Segundo ele, qualquer um pode ter essa f�rmula, por ser ela gratuita.
Finalmente, no entendimento de Zilio (1994), a atividade f�sica � inerente ao ser humano e manifesta-se em todos os setores de sua vida de relação com o meio ambiente. Sobre a definição de atividade f�sica, Z�lio, em seu livro de terminologias, entende que esta � uma concepção hist�rica que se fixou no sentido de f�sico, de material, de corpo e ao exterior do ser humano. Acredita que, numa visão mais moderna de atividade f�sica, pode-se acrescentar um significado "mais humano", que poder� ser o componente interno, o an�mico e o espiritual.
1.4 Definição de sa�de
Conforme a OMS, no seu preâmbulo da Constituição de 1948, a sa�de � um estado de completo bem-estar f�sico, mental e social, e não meramente a ausência de doença ou enfermidade.
A sa�de representa um estado dinâmico de bem-estar positivo daqueles que possuem h�bitos que promovem a sa�de, diminuindo o risco de doença prematura e a morte (NIEMAN, 1999).
Quando Almeida Filho (2000) fez uma investigação em torno do sentido do termo sa�de, constatou que, etimologicamente, a palavra significa uma qualidade dos seres intactos, indenes e, em algumas origens, tem o sentido de solidez, firmeza, força. Por outro lado, apresenta para os ocidentais um sentido religioso, vinculado � perfeição e � santidade. Conclui o autor que, em culturas diferentes, sa�de � percebida como uma mat�ria metaf�sica (m�stica, religiosa ou at� sacerdotal), mais do que um problema material, cient�fico e social que afeta tantos carentes de nossa população.
Para Canghilhem (1990) a sa�de � uma margem de tolerância �s infidelidades do meio. Implica poder adoecer e sair do estado patol�gico, significa dizer que a ameaça da doença � um elemento que a constitui.
Czeresnia (2003) escreve que a sa�de e o adoecer são formas pelas quais a vida se manifesta.
2.1 No mundo
A revisão em torno da Classificação Internacional de Doenças (CID-9) ocorrida em 1979 informou o aumento do n�mero de �bitos provocados pela asma e a redução de mortes atribu�das a bronquite e a enfisemas. Isso foi poss�vel caracterizar atrav�s da nova identificação registrada nos atestados de �bito. Entretanto, para Backman (1997) e Benatar (1986), apesar de o aumento ser real, os principais motivos que contribuem para isso � a mudança na prevalência da asma, mudança na gravidade da doença, confiança em excesso em beta-agonistas inalados e, ainda, avaliação e terapia inadequadas.
A asma � apontada por Lissauer e Clayden (1998) como o dist�rbio respirat�rio mais comum em crianças, as quais representam o maior �ndice de internação hospitalar. A doença afeta entre 11% e 15% dos escolares. Conforme esses autores, na infância a asma acomete duas vezes mais os meninos. J� na adolescência, afeta igualmente os dois sexos. Maia (2004) � outro autor que afirma serem os sintomas asm�ticos mais elevados no sexo masculino na primeira d�cada de vida.
De acordo com informações da Organização Mundial de Sa�de (OMS), com sede em Genebra, entre 100 e 150 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem da doença. Esses n�meros representam de 4% a 12% da população no globo. O que chama a atenção � que est� havendo aumento em todos os grupos et�rios.
A prevalência da asma � maior em pa�ses industrializados, por�m as diferenças em relação aos pa�ses em desenvolvimento estão diminuindo. Essa � a opinião de Barnes (1992), o qual informa, tamb�m, que os �ndices de asma e as hospitalizações provocadas pela doença vêm crescendo em todo o mundo.
Conforme divulga o site www.asmabronquica.com.br/paciente, Brasil, Panam�, Costa Rica, Peru e Uruguai apresentam entre 20% e 30% de prevalência de doentes com asma. A �ndia possui entre 15 e 20 milhões de pessoas com a doença, a qual prevalece em crianças de 5 e 11 anos de idade, o que representa 10% a 15% do grupo afetado. Na Austr�lia, uma entre cada seis pessoas torna-se asm�tica. No Japão, três milhões de pessoas têm asma. Na Alemanha, quatro milhões. Na Su�ça, um dado preocupante mostra que 25, 30 anos atr�s, o grupo de asm�ticos era de apenas 2% e, recentemente, a doença j� incide em 8% da população.
Importante para esta monografia ressaltar o fato de a asma incidir mais sobre crianças, as quais, conforme diz a OMS, representam entre 10% e 15% de todos os casos da doença.
Nos Estados Unidos, os �ndices revelam que at� 5% da população � acometida pela asma, o que significa aproximadamente 15 milhões de pessoas. Destas, cerca de 4,8 milhões são menores de 18 anos de idade. Com base em indicativos do Centro Nacional de Estat�sticas em Sa�de, Backman (1997) e Benatar (1986) informam no Jornal de Medicina "New England" que a taxa de morte ocasionada pela asma passou de 40% nos anos 1982 a 1991. Isso se refere ao n�mero de �bitos por população de um milhão de pessoas, que subiu de 13,4 para 18,8 em cada milhão de pessoas.
ROZOV (1999), em seu livro, cita que, entre 1979 e 1987, aumentaram em 45% as hospitalizações entre pessoas at� 15 anos de idade nos Estados Unidos em decorrência da asma. Na opinião desse estudioso, tal elevação pode estar relacionada com o verdadeiro aumento na prevalência e tamb�m com o reconhecimento precoce dos sintomas.
Constatou-se, durante o II e III Consenso Brasileiro de Manejo da Asma, realizado em Bras�lia nos anos de 1999 e 2001, que nos �ltimos 10 anos a mortalidade por asma vem aumentando nos pa�ses em desenvolvimento. Isso corresponde a 5% e 10% das mortes por causa respirat�ria, com elevada proporção de �bitos domiciliares.
2.2 No Brasil
Conforme o Instituto Punin de Informação e Referência em Asma, vinculado � USP e com sede em São Paulo, estudos recentes revelam que a incidência da asma em crianças tem aumentado nos �ltimos anos e que os n�meros duplicaram em duas d�cadas. Para essa Instituição, a asma � considerada a principal causa de falta � escola e ao trabalho.
A agência da ONU vinculada � Organização Mundial Sa�de no Brasil estima que entre 20% a 30% das crianças têm asma. Atenta para o aumento da mortalidade infantil de 0,2 para 0,4 em cada 100 mil e para o fato de 23% da população de adolescentes serem asm�ticos ativos, enquanto 40% j� apresentaram algum sintoma da doença. Sabendo que o Brasil ocupa a 8� posição no mundo, a Câmara Municipal de São Bernardo, no ABC paulista, est� implantando um Programa de Sa�de da Criança e do Adolescente para a capacitação dos profissionais da sa�de cujo primeiro m�dulo visa exatamente atender os portadores de asma.
Em recente campanha nacional (junho de 2004) com o t�tulo "Viva sem asma", divulgada por diversos ve�culos de comunicação, os dados apresentados são muito expressivos. No mundo, h� 300 milhões de asm�ticos. No Brasil, são 18 milhões. Mais de R$ 100 milhões são gastos em internações. Mais de 75% dos pacientes abandonam o tratamento antes que este complete um ano. Anualmente, duas mil pessoas morrem v�timas de asma no Pa�s, o que representa uma m�dia de seis �bitos por dia.
Estudos da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia indicam que os cofres p�blicos despendem 76 milhões de d�lares por ano em decorrência das 400 mil internações provocadas pela asma. Isso representa o terceiro maior gasto da rede p�blica de sa�de com hospitalizações.
Na opinião de Souza (2002), os estudos epidemiol�gicos no Brasil são poucos, e a verdadeira dimensão da doença � desconhecida. Os n�meros expressivos da prevalência de asma chegam at� a 25%, e são as crianças as mais atingidas.
Devido � confusão na identificação e no diagn�stico da asma, o registro e a estimativa são bastante dificultados. A respeito disso, Rozov (1999) diz que a asma pode ser confundida com bronquiolite viral aguda. Rozov diz ainda que a prevalência da asma entre crianças, em algumas comunidades, chega at� a 10%, e o atendimento em pronto-socorro, at� 16%.
Em estudo efetuado pela ISAAC em algumas cidades brasileiras, ficou demonstrado que a prevalência da asma em crianças de 6 e 7 anos e de 13 a 14 anos perfaz a m�dia cumulativa de 13,3%. Nesse mesmo estudo, verificou-se que os atendimentos ambulatoriais gerais chegaram a 5% das consultadas pedi�tricas e, ainda, que os atendimentos em urgência pedi�trica atingiram o percentual de 16% dos casos em crianças asm�ticas.
Em seus estudos, Da Silva (2001) aponta uma constatação interessante e tamb�m preocupante, ao demonstrar que os gastos com hospitalizações representam menor parcela do custo da doença. De modo global, esse gasto inclui transporte, uso dos serviços de emergência, rem�dios, pensões e benef�cios, perdas nos dias letivos e no trabalho, isso sem falar no sofrimento humano e nas mortes que ela provoca, imposs�veis de expressar em valores financeiros.
Pelo que foi exposto acima, pode-se entender a gravidade do problema causado pela doença asma no Brasil. Diante de tal constatação, o Minist�rio da Sa�de implantou o Plano Nacional de Controle da Asma (PNCA) exatamente com o objetivo de oferecer atenção padronizada ao asm�tico em toda a rede p�blica de sa�de. A partir da criação de um comitê composto por v�rios especialistas, foram definidas ações e propostas de diagn�stico, terapêuticas e educativas, para que fossem postas em pr�tica pela rede ambulatorial p�blica de sa�de. Destacam-se entre as medidas adotadas o fornecimento gratuito de medicação inalat�ria, na tentativa de reversão do quadro supracitado.
2.3 No Rio Grande do Sul
Em seu estudo de conclusão de curso, Souza (2002), ao analisar as taxas de morbidade e de mortalidade nos sexos masculino e feminino no Estado do Rio Grande do Sul, no per�odo de 1990 at� 2001, constatou elevação at� o ano de 1990. Por�m, a partir de 1996, a curva de mortalidade est� aumentando em menor intensidade em relação �quela observada em anos anteriores.
H� uma influência sazonal em torno da doença asma no Rio Grande do Sul, o que � evidenciado pelo aumento de casos no inverno.
Quando se compara o gênero e a faixa et�ria, diz Souza (2002) nota-se que at� os 9 anos de idade o sexo masculino apresenta mais casos de mortalidade. Todavia, essa predominância inverte-se a partir dos 10 anos, quando � observado maior n�mero de casos de asma no sexo feminino. Em relação ao n�mero de internações e de �bitos entre 1998 e 2001, ocorreram aproximadamente mil hospitalizações femininas a mais do que as masculinas.
Ao investigar a mudança na tendência da mortalidade por asma em crianças e adolescentes no Rio Grande do Sul de 1970 a 1998, Chatkin (2001) revisou 157 certificados de �bitos cuja causa mortis fosse atribu�da � asma. Na conclusão desse artigo, sugeriu que a mortalidade por asma, no Estado, est�-se estabilizando, ap�s um per�odo de significativo aumento. Para o autor, � poss�vel que uma tendência ao decr�scimo esteja iniciando.
Outra informação importante apresentada por Chatkin (1998) � que a prevalência de asma ativa em escolares subiu de 10,9% para 22% no intervalo de 1989 a 1998, o que significa dizer que o n�mero de crianças sob o risco da doença aumentou.
Fritscher (1994) publicou seu trabalho de investigação da prevalência de asma em escolares com idade de 10 a 18 anos na cidade de Porto Alegre e constatou que 16,5% apresentavam asma cumulativa, e 10,9%, asma ativa.
Da Silva e Menezes (2001) apontam a dificuldade de diagn�stico entre asma ativa e asma cumulativa. A asma ativa � aquela que manifestou pelo menos um epis�dio nos �ltimos 12 meses, enquanto a cumulativa � concebida pelos autores como aquela que provoca um ou mais epis�dios de sibilância em algum momento da vida do paciente.
Ao apresentar dados do Datasus referentes aos anos de 1996, 1997 e 1998, Da Silva e Menezes (2001) divulgam o coeficiente de morte por asma a cada grupo de 100 mil habitantes no Rio Grande do Sul que são, respectivamente, 2,67, 2,69 e 2,96.
Souza (2002) faz uma comparação entre os dados do Rio Grande do Sul com os obtidos no mundo e percebe que h� uma semelhança que identifica a elevação na morbidade e na mortalidade da asma. As taxas mundiais e as ga�chas tamb�m são predominantes no sexo feminino, tanto em internações como em �bitos por asma.
3. RELAÇÃO DA ASMA COM A ATIVIDADE F�SICA
Na literatura sobre o tema asma, muitos estudiosos apontam que a atividade f�sica traz benef�cios para os portadores da doença (GUALDI, 2004; COSTA, 2001; MOIS�S et al., 1993; TEIXEIRA, 1991).
Crianças com asma podem e devem ser fisicamente ativas. A pr�tica de atividade f�sica pode ser uma importante alternativa no combate ao problema (NIEMAN, 1999).
Por outro lado, encontramos na literatura espec�fica sobre o assunto artigos indicando que de 80% a 90% das crianças portadoras de asma são acometidas de BIE (broncoespasmo induzido pelo exerc�cio) durante as atividades f�sicas. As exacerbações freq�entes das crises e internações de repetição, o uso prolongado e repetido de medicamentos, a diminuição no rendimento e a freq�ência escolar, al�m da limitação �s pr�ticas desportivas, interferem na qualidade de vida das crianças, (YAMAMUDA, 1997).
Para Costa (2001), crianças com asma devem ter treinamento f�sico orientado como parte integrante e importante do conjunto das medidas terapêuticas.
Esse mesmo autor, em um estudo de 1993, afirma que a atividade f�sica para crianças asm�ticas � tão recomend�vel quanto para qualquer outra criança, devido a importância dessa pr�tica para o desenvolvimento infantil harmônico. Entretanto, lembra Costa, � expressiva a percentagem de crianças que, ao realizarem algum esforço f�sico, iniciam uma crise broncoespasm�dica, que poder� ser de intensidade e importância bastante vari�veis.
Quando Gualdi (2004) demonstra os benef�cios da atividade f�sica para crianças portadoras de asma, ela diz que a melhora da condição f�sica do asm�tico permite-lhe suportar com mais tranq�ilidade os agravos da sa�de, isso porque h� um aumento da sua resistência, o que lhe fornece reservas para enfrentar as crises obstrutivas. Diz ainda que � de fundamental importância que haja uma regular participação do asm�tico em programas de atividades f�sicas, o que, conforme seu entendimento, trar� uma s�rie de benef�cios, tais como melhora da mecânica respirat�ria, prevenção, correção e melhoras posturais e, entre outros benef�cios, a redução de complicações pulmonares. Essas vantagens foram constatadas mediante a pr�tica regular de natação em crianças com asma de ambos sexos e de faixas et�rias de 5 aos 9 anos.
Mois�s et al. (1993) dizem que a atividade f�sica � de suma importância para o desenvolvimento infantil. Recomendam para todas crianças asm�ticas um programa de Educação F�sica que leve em consideração as peculiaridades de cada uma delas. Indicam exerc�cios respirat�rios que promovam uma boa ventilação pulmonar, entre outros benef�cios fisiol�gicos que auxiliam na eliminação das secreções brônquicas, o que, inclusive, contribui no desenvolvimento emocional.
Em um artigo publicado recentemente, Lang, Butz, Duggan e Serwint (2004) compararam os n�veis de atividade f�sica de crianças com e sem asma e avaliaram os preditores do n�vel de atividade em crianças com asma.
Pais de 137 crianças com asma e de 106 controles entre 6 e 12 anos de idade atendidos em consult�rio pedi�trico foram entrevistados por telefone. A pesquisa avaliou a atividade total em um dia e o n�mero de dias ativos em uma semana t�pica; as caracter�sticas da asma e o tratamento; aconselhamento m�dico; oportunidade para atividade f�sica e as opiniões dos cuidadores sobre a atividade f�sica. Os n�veis de atividade das crianças com e sem asma foram comparados. Os preditores do n�vel de atividade das crianças com asma foram avaliados.
As crianças com asma eram menos ativas do que seus colegas. A quantidade medida de atividade di�ria diferiu entre os grupos: 116 (asma) versus 146 (sem asma) minutos; 21% (asma) versus 9% (sem asma) eram ativos <30 minutos por dia e 23% (asma) versus 11% (sem asma) eram ativos <3 dias por semana.
Entre as crianças com asma, a gravidade da doença e a opinião dos pais em relação ao exerc�cio e � asma puderam predizer o n�vel de atividade. As crianças com asma persistente moderada ou grave tendiam a ser ativas <30 minutos por dia (odds ratio: 3.0; intervalo de confiança: 1.2-7.5) e as crianças cujos pais acreditavam que o exerc�cio podia melhorar a asma tendiam a ser altamente ativas 120 dias por minuto (odds ratio: 2.5; intervalo de confiança: 1.2-5.4).
Os autores conclu�ram que a gravidade da doença e a opinião dos pais sobre a sa�de contribu�ram para um menor n�vel de atividade das crianças com asma. Os pediatras deveriam avaliar o n�vel de exerc�cio como um indicador de controle da doença e orientar os pais para alcançar o objetivo da atividade f�sica normal em crianças com asma.
A partir de fontes do endereço eletrônico www.asmabronquica.com.br/paciente, � no m�nimo curioso mencionar que o n�mero de atletas de alto n�vel portador de asma que participou dos Jogos Ol�mpicos de 1988 e de 1996 teve um incremento significativo. Isso foi constatado nas delegações dos Estados Unidos, que em Seul levou 67 entre 597 atletas a disputar os jogos, ou seja,11,2%; nos Jogos de Atlanta, 1996, foram 699 atletas, dos quais 107 eram portadores de asma, ou seja, 15,3% do total. Esses dados indicam a real possibilidade da pr�tica de atividades f�sicas por pessoas asm�ticas. Importante ressaltar que v�rios atletas portadores da doença obtiveram medalhas, o que reforça cada vez mais a possibilidade dessas pr�ticas.
Na literatura, encontra-se com certa freq�ência questionamento em torno de qual ou quais atividades f�sicas são mais indicadas ou contra-indicadas para os asm�ticos. A maioria dos estudos recomenda atividades f�sicas praticadas no meio aqu�tico. Com base no mesmo site supracitado, os esportes que mais contribuem para desencadear o BIE são a maratona de esqui, o montain bike, a patinação no gelo e o ciclismo. Por outro lado, v�rios outros são indicados: gin�stica r�tmica, caminhada, tênis, golfe, vôlei, caratê, p�lo aqu�tico, natação e halterofilismo.
Para se ter uma id�ia da importância que � designada � atividade f�sica em crianças portadoras de asma, j� estão agendados os IV Jogos Desportivos Internacionais para Crianças com Asma, que ocorrerão em julho de 2006, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Finalmente, no cap�tulo 10 de seu livro, Nieman (1999), apesar de afirmar que a atividade f�sica � respons�vel por mais de 60% pelo desencadeamento das crises asm�ticas (AIE) em adultos e que esse �ndice eleva-se acima de 80% em crianças, afirma que a maioria dos pacientes asm�ticos pode participar de todas as atividades f�sicas, incluindo, entre outras atividades, a corrida. Para ele, ao contr�rio de outros desencadeadores das crises, a atividade f�sica não deve ser evitada. O autor lembra tamb�m que a AIE poder� acontecer durante ou ap�s o exerc�cio. Concluindo, Nieman apresenta, al�m do uso de medicamentos antes das atividade f�sicas, as modificações no programa de atividades f�sicas, a fim de que não ocorram crises, ou, se acontecerem, sejam de menor intensidade: a) tempo de aquecimento e relaxamento adequados; b) tipo de atividade (na �gua, natação ou corridas intensas, lembra que a segunda facilita a AIE); c) deve-se controlar a duração dos exerc�cios; d) intensidade do exerc�cio deve ser apropriada com o grau de gravidade do praticante; e) a respiração dever� ser nasal; f) em caso de temperatura baixa, usar cachecol ou m�scara de proteção; f) Monitorar o meio ambiente, evitando agentes al�rgicos, como a poeira ou a fumaça.
A partir das pesquisas e consultas realizadas a trabalhos, artigos, ensaios, entre outros, foi poss�vel, neste trabalho monogr�fico, conhecer e descrever os conceitos da asma, sua prevalência e a relação da atividade f�sica em portadores da mol�stia.
A asma � uma doença que atinge pessoas em pa�ses de todo o mundo, marcando presença em todos os continentes. Acomete pessoas de ambos os sexos e todas as faixas et�rias, com elevada incidência em crianças. Em seu tratamento, os governos têm despendido significativa parcela dos valores que constituem os cofres p�blicos.
Fica evidente que, apesar de algumas resistências e medos manifestados por leigos, v�rios autores que estudaram a relação de atividades f�sicas em portadores de asma, principalmente em crianças, consideram que tais pr�ticas, somadas a outros cuidados, são de grande importância para o tratamento do problema. A atividade f�sica, portanto, � indicada como uma excelente alternativa no sentido de promover sa�de, beneficiar essas crianças e, assim, minimizar-lhes os problemas advindos da doença.
Portanto, identificadas e descritas essas informações em torno da "asma e atividade f�sica em crianças", estão assinalados pontos de partida para que estudos mais aprofundados sobre o assunto sejam realizados. Espera-se que estes possam contribuir efetivamente para minimizar tais problemas em crianças portadoras de asma e, assim, auxiliar positivamente aqueles que têm vivenciado essa realidade.
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DEDICO este trabalho a minha esposa, Cristiane Oliveira de Castro. Seu apoio e carinho a nossos filhos muito contribu�ram para que eu realizasse mais esta especialização.
A minha mãe, Edith Tenroller, pelo apoio e pela dedicação aos netos.
A meus filhos, Carla Christinna de Castro Tenroller e Lorenzo de Castro Tenroller, tesouros da minha vida.
AGRADEÇO a minha orientadora, Profa. Dra. Cla�des Abegg, pelo interesse, profissionalismo, comprometimento e, principalmente, pelo exemplo de humildade. Seu desempenho superou minhas expectativas.
� secret�ria do PPGSC, M�rcia Cornelius, pela paciência e pelo zelo.
Aos colegas de turma, Cristine, Lisandra, Lisiane, Luciana B., Luciana P., Lourenço, Maria Marilaines, Melainie, Neide, Renata, Rejane e Rosecl�r.
Ao corpo docente, Profs. Drs. Airton Stein, Andr�ia Figueiredo, Celso Gutfriend, Denise Aerts, Elaine da Silveira, Jorge B�ria, L�gia Schermann, L�lian Palazzo, Luciana Gigante e Ricardo Halpern.
CARLOS ALBERTO TENROLLER
Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do certificado de especialista em Sa�de Coletiva.
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
PR�-REITORIA DE PESQUISA E DE P�S-GRADUAÇÃO
DIRETORIA DE P�S-GRADUAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM SA�DE COLETIVA
Canoas, dezembro de 2004
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
(CIP)
T312a Tenroller, Carlos Alberto
Asma e atividade f�sica em crianças. / Carlos
Alberto Tenroller. ¾ Canoas, 2004.
36 f.
Monografia (Especialização em Sa�de Coletiva)
– Universidade Luterana do Brasil, 2004
Orientadora: Prof. Dra. Cla�des Abegg
1. Asma 2. Infância 3. Sa�de P�blica 4. Atividade
F�sica I. Abegg, Cla�des II. T�tulo
CDU 616.248-053.2
796.035
Bibliotec�ria Respons�vel: Magda Guimarães
CRB 10/1307
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