c. Administração do
Projeto.
A Unidade Técnica do PCPR está vinculada
institucionalmente à Secretaria do Planejamento, cujo
Secretário ordena despesas juntamente com o Diretor
Executivo. Até 2002, operou com a estrutura remanescente
do PCPR I. A partir de 2003, com a ascensão de um novo
governo estadual, procedeu-se a uma reforma administrativa na
qual a UT foi adequada à lógica
proposta pelo Estado para
todos os entes governamentais. Dessa forma, uma nova estrutura
administrativa foi adotada, hierarquizando a UT em seis segmentos
de gestão.
A UT-PCPR II mantém relativa autonomia gerencial
em seus aspectos administrativo e financeiro. O ordenamento de
despesas é efetuado pelo Diretor Executivo em conjunto com
o Secretário do Planejamento. Na ausência dos
Ordenadores principais foram outorgados poderes para que o
Gerente
Administrativo-Financeiro, pela UT, e o Diretor da Unidade de
Planejamento Estratégico, pela SEPLAN, possam assinar
pelos titulares, superando assim uma excessiva morosidade
verificada em alguns procedimentos gerenciais, principalmente,
atraso na liberação de recursos.
Operacionalmente a UT-PCPR está centralizada na
capital do
Estado, Teresina. Encontra-se em fase embrionária de
implementação uma experiência de
regionalização na Macro-região
geográfica de Picos, envolvendo 22 municípios.
Está em elaboração proposta consolidada de
desconcentração e descentralização de
gestão e de ações. O processo administrativo
e financeiro é bastante dinâmico, da a peculiaridade
de liberação dos subprojetos em parcelas, fato que
requer agilidade nos procedimentos. O volume de processos a serem
visados e liberados diariamente é considerável,
fato que consome boa parte do tempo de cada um dos
ordenadores.
Esforços vêm sendo depreendidos para
superar atrasos verificados na liberação de
pagamentos, particularmente no que se refere a diárias e
suprimentos de fundos para as viagens da equipe técnica.
Em 2003, foi implantado um sistema de
pagamento eletrônico cujo objetivo
é dar maior agilidade aos procedimentos de pagamentos.
Todavia, o sistema eletrônico poderá
se tornar ineficiente, na medida em que não se supera o
problema da demora nos procedimentos burocráticos,
particularmente a assinatura da documentação
pertinente ao processo de liberação de
recursos.
Segundo relatório de supervisão do
Banco Mundial,
a UT do Projeto tem tido um desempenho muito satisfatório,
o que pode ser atestado pelo alcance numérico e
qualitativo das metas e objetivos do
PCPR II. Mudança na administração do Projeto
recentemente verificada não foi motivo para
alterações em seu quadro técnico, sem,
portanto, causar qualquer interrupção em seu ritmo
normal de trabalho.
O governo do Estado tem mantido apoio irrestrito
à UT e à implementação do Projeto,
reconhecido como de fundamental importância para a melhoria
das condições de vida e renda das
populações rurais pobres do Estado. O referido
apoio se materializa também sob a forma de provisão
de recursos de contrapartida em montantes suficientes e em tempo
adequado. Neste sentido, o Estado promoveu a
criação de uma conta de fundo de contrapartida, a
qual tem sido abastecida com recursos obtidos de agências,
principalmente federais, através de convênios para a
realização de atividades compatíveis ou
elegíveis para financiamento do PCPR II. Citam-se os
exemplos de parcerias desenvolvidas com a Caixa Econômica
Federal (habitação e saneamento); com o INCRA
(infra-estrutura de abastecimento de água, energia e
caminhos vicinais); com a Fundação Nacional de
Saúde – FUNASA (sistemas de
abastecimento de água e módulos
sanitários
domiciliares/fossas sépticos); com a AGESPISA
(abastecimento de água e energia elétrica); com o
Ministério das Minas e Energia
(eletrificação); com o Programa
Permanente de Convivência com o Semi-árido
(cisternas). Os recursos "poupados" com a execução
das atividades/compromissos das parcerias, na medida em que
co-financiadas pelo PCPR II, são utilizados pelo Estado
para a contrapartida no financiamento de outros subprojetos,
podendo, com isso, não só ampliar o atendimento
à população beneficiária mas,
também, dispensar a necessidade de contrapartida a ser
fornecida pelos municípios, especialmente os mais
pobres.
d. Desemepnho Finaciero
Do ponto de vista financeiro até 20/05/2005 dos
US$ 22.500.000,00 dos recursos de empréstimo programados,
foram desembolsados US$ 15.420.483,00 o qual significa o 69% dos
recursos totais. A seguir tabela com categorias de gasto,
recursos programados, desembolsado e saldos:
CATEGORIAS | PROGRAMADO | DESEMBOLSADO | SALDO |
1.Financiamento De Subprojetos
|
14.500.000,00 2.400.000,00 1.400.000,00 |
12.471.623,00 199.766,00 1.217.926,00 |
2.028.377,00 2.200.234,00 182.074,00 |
2. Consultoria / Treinamento | 1.600.000,00 | 988.082,00 | 616.918,00 |
3. Administração | 100.000,00 | 122.015,00 | – 22.015,00 |
4. Supervisão | 300.000,00 | 137.093,00 | 162.907,00 |
5. Não alocado | 1.975.000,00 | – | 1.975.000,00 |
FEFEE | 225.000,00 | 225.000,00 | – |
TOTAL | 22.500.000,00 | 15.420.483,00 | 7.079.517,00 |
Até o dia 20 de junho de 2005 será
desembolsado um total de US$ 15.420.483,00 (ou seja, 68.53% do
total do empréstimo), dos quais US$ 13.948.293,00 (90% do
total desembolsado) serão para o financiamento dos
subprojetos. No caso dos subprojetos, o desembolso ocorreu
principalmente na categoria 1-A (FUMAC), com US$ 13.948.293,00,
um fato em si auspicioso.
Com vistas ao encerramento da presente etapa do Projeto
(closing date), cuja data será o dia 30 de junho de 2006
(a data inicial que era 20/06/2005, foi prorrogada ate 30/06/2006
de mutuo acordo com o Estado, Banco Mundial e
aprovado pela Secretaria de Assuntos Internacionais –
SEAIN/Ministério do Planejamento Orçamento e
Gestão. O saldo dos recursos de empréstimo a
20/06/2006 é US$ 7.079,517,00, os quais, além de
continuar financiando as atividades de desenvolvimento
institucional, supervisão e administração do
Projeto, financiarão ate junho de 2006, novos 478
subprojetos. De forma que até o final do Projeto teremos
um total de 1.541 subprojetos financiados, beneficiando
aproximadamente 97 mil famílias, totalizando os US$22,5
milhões (100% do total do empréstimo). Para maior
detalhes ver Tabelas II e III.
- Os resultados do PCPR II, na sua primeira fase,
confirmam, que os requisitos para iniciar
negociações do Próximo Projeto PCPR III,
já foram amplamente cumpridas com referencia a
Recomendação Nº 581 da Comissão de
Financiamentos Externos do – COFIEX/SEAIN/MPOG de 26 de
outubro de 2000, colocados como condição para
passagem da primeira para a segunda fase do Projeto, quais
sejam: (i) desembolso de pelo menos 50 % de recursos de
empréstimo, (ii) empenho de metade dos 50% restantes e
(iii) desempenho satisfatório de Projeto na primeira
fase. - Inequivocamente afirmamos que estão sendo
alcançados os objetivos e as metas do Projeto, com
franca participação das comunidades e dos
conselhos municipais. As evidências ainda indicam que os
subprojetos estão sendo bem executados e cujos
serviços têm sido amplamente utilizados pelos
beneficiários. - A difusão da existência do Projeto em
toda a sua área de cobertura está garantindo um
grande fluxo de demandas legítimas das comunidades
rurais pobres, via os conselhos municipais criados, capacitados
e colocados em operação em praticamente todos os
municípios (o governador do Estado manifestou o desejo
de ter conselhos municipais instalados em todos os 221
municípios). - As metas físicas, em termos de subprojetos
financiados, estão sendo superadas à vista das
expectativas contidas no Plano de Implementação
do Projeto, e, com toda certeza, segundo as
projeções realizadas, ultrapassarão as
metas finais, previstas para junho de 2005. - Na medida em que as demandas por infra-estrutura
básica estão sendo satisfeitas em grande medida
é de se antecipar que o perfil da demanda e
dos subprojetos financiados seja diversificado, com a
ampliação de outros investimentos e de
empreendimentos produtivos. - A focalização do Projeto nos
municípios e comunidades pobres pode ser considerada
aceitável, embora esforço adicional esteja sendo
requerido para trabalhos de mobilização e
organização de.comunidades muito pobres. A
eleição de áreas com
concentração de municípios com os IDHs
mais baixos do Estado e tomadas como base territorial de
atuação prioritária do PCPR é,
certamente, uma iniciativa da qual espera-se, terá
impacto na diversificação da carteira de
subprojetos demandados/financiados, em escalas mais apropriadas
e, no caso do produtivos.
- O PCPR II, cuja aprovação se encontra
em processo de negociação será a
continuação, sob forma aperfeiçoada, do
Projeto de Combate à Pobreza Rural
(PCPR I e II), desenhado a partir das próprias
experiências na execução do Projeto no
Estado do Piauí e outros Estados do Nordeste. O PCPR
III tem como característica principal o envolvimento
direto das comunidades rurais na identificação,
preparação, implementação e
operação de subprojetos de investimentos
produtivos, de infra-estrutura e sociais, através dos
conselhos municipais , bem como a participação
dos órgãos públicos e privados do
nível local, através de mecanismos de
cooperação e parceria.
- A estratégia adotada pelo PCPR III
incentivará ainda mais a participação dos
seus beneficiários em todo o processo decisório
como também no processo de implementação e
fiscalização do Projeto com uso de métodos
de participação descentralizada. - O eixo principal do Projeto é focalizar a sua
atenção na população rural mais
pobre do Estado identificadas com Índice de
Desenvolvimento mais baixos, bem como, nas áreas
prioritárias determinado pelo processo de
regionalização, em andamento sob
coordenação da Secretaria do Planejamento –
SEPLAN e nas políticas e estratégias de luta
contra a pobreza junto a programas e
projetos como Fome Zero e Programa de Convivência com o
Semi-Árido e outras políticas setoriais
vinculadas ao desenvolvimento do meio rural
piauiense. - Desta forma o PCPR III possibilitará: a) o
fortalecimento da integração estadual municipal e
local; b) o melhoramento da gestão e monitoramento das
atividades do Governo; c) o melhor posicionamento dos gastos
públicos do estado com as prioridades de desenvolvimento
do PPA; d) o desenvolvimento de parcerias entre os governos
federais, estaduais e municipais, e) o apoio a programas
estratégicos de educação, saúde,
cultura no
meio rural e f), gerenciamento dos recursos naturais e
sustentabilidade ambiental;
- Relatório de Desempenho físico e de
Meio Termo. Fundação Civitas. Teresina.
Piauí. Julho 2004. - Acordo de Empréstimo 46240-BR entre o Governo
do Estado do Piauí e o Banco Mundial. - PCPR II. Projeto de Combate a Pobreza rural. Manual de
Implementação. Teresina, abril de
2002; - PCPR II. Relatórios de Desempenho Anual.
Teresina 2002-2005; - PCPR II. Relatórios de Supervisão
Interna do Projeto. Teresina. 2002-2005 - BANCO MUINDIAL. Relatórios de
supervisão semestral e anual. Teresina.
2002-2005; - PCPR II. Relatórios de Auditoria., Teresina,
2002-2005; - PCPR II. Sistema de Monitoramento Computadorizado do
Projeto. Teresina, 2003-2005
CRONOGRAMA | ||||||||
CRONOGRAMA | CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO POR | |||||||
TRIMESTRES | ATIVIDADES | SUBPROJETOS | TOTAL | BIRD | ESTADO | |||
INF. | SOC. | PROD. | TOTAL | US$ | US$ | US$ | ||
I. SUBPROJETOS | 75 | 10 | 34 | 121 | 2.368.000 | 1.716.783 | 651.217 | |
– FUMAC | 53 | 7 | 23 | 83 | 1.655.095 | 1.223.935 | 431.160 | |
– FUMAC-P | 21 | 3 | 10 | 34 | 643.700 | 466.682 | 177.018 | |
(Jul/Set/2005) | – PAC | 1 | – | 1 | 2 | 36.092 | 26.166 | 9.926 |
II. D. | – | – | – | – | 152.980 | 152.980 | – | |
III. | – | – | – | – | 9.811 | 1.962 | 7.849 | |
IV. | – | – | – | – | 77.142 | 38.571 | 38.571 | |
SUB-TOTAL | – | 75 | 10 | 34 | 121 | 2.617.859 | 1.910.296 | 707.563 |
I. SUBPROJETOS | 75 | 10 | 34 | 119 | 2.247.647 | 1.629.543 | 618.104 | |
– FUMAC | 53 | 7 | 23 | 83 | 1.567.855 | 1.136.695 | 431.160 | |
– FUMAC-P | 21 | 3 | 10 | 34 | 643.700 | 466.682 | 177.018 | |
(Out/Dez/2005) | – PAC | 1 | – | 1 | 2 | 36.092 | 26.166 | 9.926 |
II. D. | – | – | – | – | 152.980 | 152.980 | – | |
III. | – | – | – | – | 9.811 | 1.962 | 7.849 | |
IV. | – | – | – | – | 77.142 | 38.571 | 38.571 | |
SUB-TOTAL | – | 75 | 10 | 34 | 119 | 2.487.580 | 1.823.056 | 664.524 |
I. SUBPROJETOS | 75 | 10 | 34 | 119 | 2.247.647 | 1.629.543 | 618.104 | |
– FUMAC | 53 | 7 | 23 | 83 | 1.567.855 | 1.136.695 | 431.160 | |
– FUMAC-P | 21 | 3 | 10 | 34 | 643.700 | 466.682 | 177.018 | |
(Jan/Mar/2006) | – PAC | 1 | – | 1 | 2 | 36.092 | 26.166 | 9.926 |
II. D. | – | – | – | – | 152.980 | 152.980 | – | |
III. | – | – | – | – | 9.811 | 1.962 | 7.849 | |
IV. | – | – | – | – | 77.142 | 38.571 | 38.571 | |
SUB-TOTAL | – | 75 | 10 | 34 | 119 | 2.487.580 | 1.823.056 | 664.524 |
I. SUBPROJETOS | 75 | 10 | 34 | 119 | 2.247.647 | 1.629.543 | 618.104 | |
– FUMAC | 53 | 7 | 23 | 83 | 1.567.855 | 1.136.695 | 431.160 | |
– FUMAC-P | 21 | 3 | 10 | 34 | 643.700 | 466.682 | 177.018 | |
(Abr/Jun/2006) | – PAC | 1 | – | 1 | 2 | 36.092 | 26.166 | 9.926 |
II. D. | – | – | – | – | 152.980 | 152.980 | – | |
III. | – | – | – | – | 9.804 | 1.955 | 7.849 | |
IV. | – | – | – | – | 77.142 | 38.571 | 38.571 | |
SUB-TOTAL | – | 75 | 10 | 34 | 119 | 2.487.573 | 1.823.049 | 664.524 |
T O T A L | 300 | 40 | 136 | 478 | 10.080.592 | 7.079.517 | 2.701.135 |
ANEXO II | |||
DESEMPENHO FINANCEIRO DO | |||
|
|
|
|
CATEGORIAS | PROGRAMADO | DESEMBOLSADO | SALDO BIRD |
1A – FUMAC | 14.500.000 | 12.471.623 | 2.028.377 |
1B – FUMAC-P | 2.400.000 | 199.744 | 2.200.256 |
1C – PAC | 1.400.000 | 1.276.926 | 123.074 |
2 – CONSULTORIA / | 1.600.000 | 988.082 | 611.918 |
3A – | 100.000 | 122.015 | – |
3B – | 300.000 | 137.093 | (22.015) |
5 – NÃO | 1.975.000 | – | 162.907 |
FEFEE | 225.000 | 225.000 | 1.975.000 |
|
| ||
TOTAL | 22.500.000 | 15.420.483 | 7.079.517 |
FONTE: Client | |||
NOTAS: | |||
1) Posição: | |||
2) Aplicação | |||
3) Não existe nenhum PSF em |
Por:
Alejo Lerzundi Silvera (1)
Leoni Quaresma Melo (2)
Francisco Sampio (3)
(1). Consultor do Convênio IICA/SEPLAN e Assessor
da Secretaria do Planejamento;
(2). Assessor Técnico da UT/PCPR-Projeto de
Combate a Pobreza Rural;
(3). Assessor financeiro da UT/ PCPR-Projeto de Combate
a Pobreza Rural.
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