Gestão das mudanças: Controlando o estresse organizacional
- Resumo
- Introdução
- O que � estresse
- Estresse e as mudanças
- Estresse e tecnologia
- Estresse e a gestão
dos estimulos - Considerações
finais - Bibliograf�a
O presente artigo aborda um fenômeno essencial para a sobrevivência e desenvolvimento das organizações e de seus colaboradores, o qual quando mal compreendido pode causar prejuízos tanto para seus funcionários, como para suas organizações. As mudanças e o estresse organizacional têm chamado a atenção de um número cada vez maior de corporações preocupadas com o crescimento dos problemas de saúde e produção relacionados a estes fenômenos. Os estímulos físicos e psicossociais do estresse podem ser considerados grandes inimigos da saúde, qualidade de vida e produtividade. A gestão das mudanças e do estresse organizacional tem se tornado um assunto estratégico para as organizações. Neste artigo trataremos dos estímulos psicossociais geradores de estresse no contexto das mudanças organizacionais constantes.
Palavras Chave: Estresse psicossocial, gestão, mudanças organizacionais
O desgaste f�sico e emocional ao qual as pessoas são
submetidas nas relações com o ambiente de trabalho � um
fator muito significativo na determinação de transtornos de sa�de
relacionados ao estresse, como � o caso das depressões, ansiedade,
transtorno de pânico, fobias e doenças psicogênicas (Goleman,
1997-98).
Geralmente, no ambiente de trabalho das organizações,
os est�mulos estressares são muito variados e em grande quantidade.
Podemos experimentar ansiedade significativa diante de descontentamentos com
os colegas, diante da sobrecarga de trabalho e da corrida contra o tempo, diante
da insatisfação salarial ou da pol�tica de recursos humanos
da empresa, entre outras, e, dependendo da pessoa, at� mesmo com tarefas
rotineiras de sua pr�pria função dentro da empresa.
Muitos fatores emocionais relacionados ao pr�prio emprego
na atualidade contribuem para que a pessoa mantenha-se excessivamente estressada:
a sensação de instabilidade no emprego, a sensação
de insuficiência profissional, a pressão para comprovação
de eficiência, a impressão continuada de estar cometendo erros
profissionais, a falta de visão sobre a relevância social do seu
trabalho, a percepção de falta de reconhecimento de seus esforços,
entre outros. Al�m disso, preocupações pessoais do funcion�rio
não podem ser eliminadas simplesmente ao entrar no seu posto de trabalho…
Toda a hist�ria de vida da pessoa est� junto a ela em todos os
momentos e quando ela vem para o trabalho não � diferente. Seus
conflitos, suas frustrações, suas desavenças conjugais,
a preocupação com seus filhos, seus interesses e necessidades
pessoais, etc.
Existem muitas evidencias de que trabalhadores motivados positivamente
produzem mais e são menos acometidos por doenças (Nahas, 2003).
Neste s�culo que est� começando, as organizações
devem tratar os interesses e necessidades dos seus colaboradores, não
apenas como benef�cios ou caridade, mas como assunto estrat�gico
de sobrevivência organizacional.
A diminuição de taxa de natalidade e o aumento
da expectativa de vida da população tr�s como conseq�ência
o envelhecimento da força de trabalho. Para que esta força de
trabalho envelhecida possa produzir bem, tanto em termos f�sicos como
intelectuais, o estresse precisa ser dosado de forma adequada, uma vez que este
� um dos principais fatores de incapacidade funcional precoce quando
em excesso.
O estresse � a alteração global de nosso
organismo para adaptar-se a uma situação nova ou �s mudanças
de um modo geral (Deitos, 1997a).
O estresse � um mecanismo normal e necess�rio
ao organismo, pois faz com que o ser humano fique mais ativo e sens�vel
diante de situações do dia-a-dia que exijam respostas ou adaptações,
diante do perigo ou de dificuldade. Mesmo situações consideradas
positivas e ben�ficas, como por exemplo, promoções profissionais,
casamentos desejados, nascimento de filhos, etc., podem produzir estresse significativo.
De fato, o estresse � um mecanismo essencial para o desenvolvimento de
nossa sociedade e ele, em si, não � bom nem ruim (Deitos, 1997b;
Goleman, 1997).
As mudanças ocorrem continuamente na vida e os organismos
devem estar preparados para se adaptar a elas o mais rapidamente poss�vel
a fim de garantir a sobrevivência. O estresse funciona como um mecanismo
de adaptação, necess�rio para estimular o organismo e melhorar
sua atuação diante de circunstâncias novas.
Nas dimensões social e cultural as mudanças cotidianas
sempre ocorreram em toda a hist�ria da humanidade, elas são �
base da evolução da esp�cie humana.
De acordo com França & Rodrigues (1999, p.18), "não
existem evidencias cientificas de que as pessoas na atualidade sofram mais com
o estresse do que em outras �pocas, onde o esforço, para simplesmente
manter-se vivo, era seguramente, maior".
O estresse sofrido na atualidade � diferente do que
foi vivenciado em outras �pocas devido � tendência secular
de aceleração das mudanças impostas, principalmente, pela
globalização da economia e pela decadência cultural resultante
do mau uso dos meios de comunicação em massa que acabam modificando
os valores e criando necessidades de consumo não existentes em �pocas
passadas. Isso � novo ao ser humano e perigoso � sua sa�de.
A velocidade sem precedentes com a qual as mudanças e as exigências
que elas propiciam acontecem na vida moderna, � um fator de constante
preocupação para as pessoas.
As mudanças estão em toda � parte: na
tecnologia, na ciência, na medicina, no ambiente de trabalho, nas estruturas
organizacionais, nos valores e costumes sociais, na filosofia e at� mesmo
na religião. H� continuamente uma enorme solicitação
de adaptação �s pessoas em geral, tanto para os jovens
como para os mais velhos.
As necessidades de mudanças podem ser comparadas a um
ciclo vicioso; o momento presente est� quase sempre exigindo mudanças,
essas mudanças acabam trazendo novos problemas. Esses problemas despertam
novas soluções, as quais passam a exigir novas mudanças
e assim por diante.
Para França & Rodrigues (1999, p.105), "os estressares
psicossociais são os acontecimentos relacionados com o tipo de vida que
levamos em nossa sociedade".
A inserção dos valores sociais, principalmente
nos paises cujo capitalismo � "selvagem", tem gerado um grande n�mero
de estressares psicossociais novos e constantes. Se antes as ameaças
� sobrevivência f�sica eram a maior preocupação,
hoje temos uma infinidade de ameaças subjetivas constru�das na
complexidade de nossa estrutura social que constantemente leva a pessoa �
alienação.
De acordo com França & Rodrigues (1999, p.106),
"a capacidade de gerar riqueza � sinônimo de competência
profissional e serve de �ndice de respeito e consideração
que a sociedade emprestar� a pessoa".
Num modelo de sociedade cujo maior valor � a geração
de riqueza econômica, o trabalhador, muitas vezes � considerado,
apenas uma peça de uma engrenagem cruel e quando não funciona
bem, � substitu�do.
O estresse ocasionado pelas constantes e brutas mudanças
representa um grande perigo � sa�de das pessoas. Sa�de
aqui entendida como define a Organização Mundial de Sa�de,
como o mais completo poss�vel estado de bem estar f�sico, emocional,
social, intelectual e espiritual.
As constantes mudanças exigem alterações
de papeis sociais de forma r�pida e muitas vezes, sem o devido per�odo
de transição (Goleman, 1998).
Segundo França & Rodrigues (1999, p.107), "papel
� toda função, acompanhada de um conjunto de condutas pr�prias
para aquela função, que a pessoa desempenha em determinado momento
de sua vida".
A progressiva exigência de qualidade nos produtos e serviços,
juntamente com a necessidade de redução de despesas nas empresas
tem induzido a mudanças e ac�mulo de papeis, determinadas por
diversos fatores como: as mudanças determinadas pela empresa, devidas
� novas tecnologias, devidas ao mercado e mudanças auto-Impostas
para sobrevivência no mercado de trabalho.
Para Maslach (1998), � de muita importância que
a pessoa desempenhe um papel adequado e coerente com suas condições
pessoais e profissionais, pois isso motiva e facilita o bom desempenho.
As mudanças determinadas pela empresa podem ser originadas
por uma nova chefia ou devido � nova orientação geral da
empresa, seja por causa de alguma fusão ou aquisição da
empresa. Normalmente esse tipo de mudança gera muita insegurança.
O aumento do n�vel de estresse, inevitavelmente acontece
diante das mudanças. O que mais se solicita das pessoas � a adaptação
aos novos papeis, portanto, � o momento onde o estresse est� acontecendo.
As pessoas possuidoras de dificuldades f�sicas, emocionais ou sociais,
naturalmente sofrerão mais nesse processo. Abrir mão de m�todos
e papeis usuais para aprender ou aceitar novos sempre exige um esforço
emocional significativo.
A tecnologia est� em cont�nua substituição
por sistemas mais modernos e poderosos. Nessa situação tamb�m
as pessoas são emocionalmente solicitadas a se adaptar ao novo. Nesse
caso o estresse ser� vari�vel, de acordo com as disposições
Pessoais e de acordo com o tipo dessa nova tecnologia a ser implantada. Geralmente
as pessoas que tiveram em suas hist�rias de vida, pouco contato com as
novas tecnologias, são "esmagadas" pelas tensões decorrentes de
ter que se adaptar rapidamente a uma m�quina ou software.
Por tendência pessoal sofrerão mais aqueles com
instabilidade afetiva, com traços marcantes de ansiedade ou j�
previamente estressados em excesso com as expectativas negativas em relação
�s mudanças (Golleman, 1995). Em relação �s
pr�prias mudanças, sofrerão mais as pessoas confrontadas
com novas tecnologias ideologicamente diferentes das anteriores.
A expectativa negativa em relação �s novas
tecnologias no trabalho, muitas vezes � decorrente do paradoxo existente
entre os dois, pois a tecnologia no trabalho que deveria facilitar a vida do
trabalhador muitas vezes apenas substitui o trabalhador. � de conhecimento
popular que nas empresas, as m�quinas extinguiram muitos postos de trabalho,
ampliando as responsabilidades e monotonizando os postos restantes. Logo, a
tecnologia que deveria proporcionar ao trabalhador maiores facilidades e ampliação
do seu tempo de lazer, acabou escravizando o trabalhador e gerando ainda mais
insegurança nos postos de trabalho.
As constantes exigências do mercado sempre são
levadas a s�rio pelas empresas e, freq�entemente, determinam mudanças
de procedimentos no trabalho. Os ansiosos tendem mais para o estresse excessivo
devido, principalmente, a expectativa negativa que aparece muito antes de quaisquer
resultados das mudanças.
De acorde com França & Rodrigues (1999), são
as exigências que fazemos de n�s mesmos as mais danosas a nossa
psique. O mais sadio � que estejamos sempre inconformados e sempre adaptados.
Isso significa que, atrav�s do inconformismo estamos sempre buscando
fazer com que o amanhã seja melhor que o hoje. Entretanto, � indispens�vel
que a pessoa se mantenha adaptada �s circunstâncias atuais, mesmo
que sejam circunstâncias adversas.
Sadio seria reclamar das mudanças organizacionais, quando
estas estão reduzindo a qualidade de vida no trabalho, para podermos
buscar opções que melhorem nossa vida em relação
a essas mudanças (reivindicar treinamento, programas de promoção
de sa�de, mudanças de cargos e sal�rios, etc), outra coisa
� estarmos padecendo de hipertensão, �lcera, ansiedade
ou enxaqueca por causa dessas mudanças que muitas vezes at� melhoram
o ambiente de trabalho.
O pr�prio inconformismo humano exige uma reciclagem
constante, ou seja, exige mudanças continuadas e necessidades de adaptação
a essas mudanças. Encarar a mudança sob uma perspectiva de crescimento
e adequação pode ajudar nossa adaptação, consider�-la
uma tarefa tediosa, in�til e humilhante "para quem j� sabe tanto",
favorece o descontentamento, a ansiedade e, conseq�entemente, o estresse
(França & Rodrigues, 1999; Golleman, 1998; Maslach, 1998).
Para França & Rodrigues (1999, p.110), "v�rios
autores preferem usar o termo adaptação ativa para designar os
processos de enfrentamento que incluem (…) uma posição ativa
e critica em que a pessoa tem consciência de que não � uma
mercadoria, que não pertence ao empregador nem ao estado, que assume
sua posição de produtor para si e para a sociedade. Que tem um
projeto de futuro…".
ESTRESSE E A GESTÃO DOS EST�MOLOS.
Não apenas o excesso de est�mulos diferente,
como tamb�m a sua falta, pode resultar em estresse negativo e doença.
Por exemplo, a incidência de ataques card�acos e depressão,
são significativamente maiores nos dois primeiros anos ap�s a
aposentadoria. Provavelmente a condição associada seja o t�dio,
a sensação de inutilidade e/ou a solidão, portanto, a falta
ou escassez de solicitações tamb�m proporciona situações
negativamente estressoras.
�s vezes, no final do dia, sentimos nosso corpo exausto,
mas apesar disso, experimentamos uma agrad�vel sensação
de bem estar. Em geral uma atividade pode se tornar muito gratificante quando
possui um significado especial ou quando desperta grande interesse em n�s.
As atividades med�ocres, destitu�das de significação
ou aquelas onde não temos noção do porquê estamos
fazendo, podem ser extremamente estressantes. As tarefas altamente repetitivas
ou mon�tonas tamb�m podem produzir demasiado estresse. Situações
de carência de solicitações ou sensação de
falta de significado para o que fazemos, costumam causar elevado estresse (Goleman,
1998; Maslach, 1998).
De acordo com França & Rodrigues (1999, p.106),
outros fatores que tem sido objetos de estudo do estresse organizacional são:
autoritarismo das lideranças, execução de tarefas sob repressão,
falta de autoridades e de orientação, excesso de trabalho, intervenção
do trabalho na vida particular e desconhecimento do processo de avaliação
de desempenho e promoção, entre outros. Enfim, os dois principais
conflitos entre as empresas e seus trabalhadores, são: metas e estrutura
das empresas versus necessidades individuais (identidade, autonomia e realização),
e produção em larga escala versus satisfação no
trabalho pessoal.
A chamada S�ndrome de Burnout � uma das conseq�ências
mais marcantes do estresse profissional. Definida como uma reação
� tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto,
excessivo e estressante com o trabalho, esse transtorno faz com que a pessoa
perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho,
de forma que as coisas deixam de ter importância e qualquer esforço
pessoal passa a parecer uma tortura (Maslach, 1998).
Esta s�ndrome afeta, principalmente, profissionais da
�rea de serviços que trabalham em contato direto com os usu�rios.
Entre a clientela de risco, estão os trabalhadores em educação,
profissionais em sa�de, policiais, agentes penitenci�rios, os
banc�rios, profissionais liberais, departamentos de vendas e de compras,
enfim, funções que obrigam um contacto intenso com o outro.
Os sintomas b�sicos dessa s�ndrome são,
inicialmente, uma exaustão emocional onde a pessoa sente que não
pode mais dar nada de si mesma. Em seguida vem a despersonalização,
onde a pessoa desenvolve sentimentos e atitudes muito negativas, como por exemplo,
um certo cinismo na relação com as pessoas do seu trabalho e aparente
insensibilidade afetiva. O trabalhador manifesta, tamb�m, sentimentos
de falta de realização pessoal no trabalho, afetando drasticamente
a eficiência e habilidade para realização de tarefas e de
adequar-se � organização. Finalmente, vem � depressão,
uma doença grave, que tem sintomas f�sicos e emocionais incapacitantes
(França & Rodrigues, 1999).
O processo do estresse envolve o organismo todo, o
qual assume uma certa postura diante dos est�mulos proporcionados pela
vida que depender� da natureza desses est�mulos (Goleman,
1998).
O excesso de estresse deve ser considerado um problema social. O homem
� um ser hist�rico e social, isto �, ao mesmo tempo em
que � formado pelos acontecimentos de sua hist�ria de vida que
são determinados pelo meio social onde ele est� inserido, ele
tamb�m afeta esse meio social atrav�s de suas respostas aos acontecimentos
que formam a sua hist�ria de vida.
A maneira como pensamos sobre nosso passado e imaginamos nosso futuro
� uma forma pela qual podemos desencadear a reação de estresse.
Reviver lembranças desagrad�veis imaginar situações
ameaçadoras ou visualizar o presente ou o futuro com apreensão,
ang�stia ou medo, conduz � reação de estresse negativo.
Felizmente, o inverso tamb�m � verdadeiro, a imaginação
de situações agrad�veis e pensamentos positivos têm
um efeito ben�fico sobre o corpo produzindo uma sensação
de bem-estar. A expectativa otimista � uma das motivações
que mais aliviam as tensões. Pensar que o amanhã ser� melhor
que hoje, alivia e minimiza a ansiedade e a frustração do cotidiano
(Goleman, 1995).
Kertesz e Kermam citados por França & Rodrigues (1999),
propõem um modelo operacional de avaliação e gestão
do estresse denominado hex�gono vital baseado em seis aspectos importantes
do estilo de vida da pessoa. De acordo com esse modelo, a gestão do estresse
dependeria de uma alimentação adequada e equilibrada, atividade
f�sica regular, tempo de repouso e relaxamento adequado �s necessidades,
espaço para atividades de lazer a diversão, trabalho que ofereça
a possibilidades de realização profissional e inserção
em pelo menos um grupo social ativo (igreja, grupo de esporte, grupo de amigos
de um clube, trabalho, etc.).
O modelo reporta que a responsabilidade pela gestão do estresse
� tanto do funcion�rio quanto da empresa, que deve dar suporte
ambiental, pol�tico e educacional para que os comportamentos de risco
sejam controlados, uma vez que, � no ambiente de trabalho que as pessoas
passam a maior parte do seu tempo ativo e as demandas do trabalho influenciam
drasticamente o seu estilo de vida.
De acordo com França & Rodrigues (1999, p.118), "qualidade
de vida no trabalho � uma compreensão abrangente e comprometida
das condições de vida no trabalho, que inclui aspectos de bem
estar, garantia de sa�de e segurança f�sica, mental e social,
e capacitação para realizar tarefas com segurança e bom
uso da energia pessoal".
A gestão do estresse no ambiente de trabalho deve ter como
principal objetivo � melhoria da qualidade de vida e isso deve estar
assegurado na pol�tica de qualidade e recursos humanos da empresa, e
identificado em sua visão e missão.
Um programa de gestão do estresse no trabalho deve ser sempre
encarado com muita responsabilidade e comprometimento de todos os n�veis
de liderança da empresa. Ele deve contemplar os seguintes crit�rios:
- Avaliação sistem�tica dos n�veis de estresse
no ambiente de trabalho; - Aumento da variedade de rotinas atrav�s do rod�zio de
funções a fim de evitar a monotonia dos trabalhos repetitivos; - Evitar o excesso de horas extras, pois isso acarreta em desgaste orgânico,
ou selecionar pessoas com aptidão f�sica para suportar um
maior volume de horas de trabalho; - Melhorar as condições f�sicas do trabalho com a
adoção de ferramentas adequadas �s pessoas e as tarefas
ale de um ambiente f�sico adequado conseguido com o apoio da ergonomia; - Investir no aperfeiçoamento pessoal e profissional dos funcion�rios,
oportunizando a realização de cursos profissionais e vivencias
socioeducativas "in company"; - Oferecer gratificações simb�licas e personalizadas
aos funcion�rios, como, por exemplo: publicar fotos de reconhecimento
dos funcion�rios do mês nos murais da empresa ou na revista
institucional; - Oferecer oportunidades para que os funcion�rios possam apresentar
id�ias que melhorem a qualidade e produtividade da empresa, sempre
dando feedback para essas id�ias; - Implementar um c�digo de �tica constru�do democraticamente
pela empresa e seus funcion�rios. Esse c�digo de �tica
de ser revisado periodicamente.
França & Rodrigues (1999, p.124), oferecem uma lista
de intervenções que podem ser implementadas com o objetivo de
gerenciar os n�veis de estresse pessoal e organizacional, são
elas:
- T�cnicas de relaxamento,
- Alimentação balanceada,
- Exerc�cio f�sico regular,
- Repouso, lazer e diversão,
- Sono apropriado �s necessidades individuais,
- Psicoterapia e vivências que favoreçam o autoconhecimento,
- Aprendizado de estrat�gias de enfrentamento,
- Administração do tempo livre para atividades ativas e prazerosas,
- Administração de conflitos entre pares e grupos,
- Revisão e reestruturação das formas de organização
do trabalho, - Educação para sa�de e
- Equacionalização dos planejamentos econômico, social
e de sa�de.
A gestão do estresse organizacional exige uma visão
multifatorial da realidade envolvendo aspectos econômicos, afetivos, culturais,
f�sicos e ambientais e as ações devem contemplar o maior
n�mero poss�vel desses aspectos envolvendo as seguintes etapas
de implementação: identificação do problema e das
percepções, verificação dos padrões culturais,
discussão das caracter�sticas individuais e planejamento e implantação
de programas de promoção de sa�de, segurança e qualidade
de vida.
O estresse negativo, como j� foi dito, � um problema
de sa�de p�blica que afeta todas as camadas da sociedade e a maior
parte dele tem relação com o modelo socioeconômico dominante
no atual contexto. Logo a gestão do estresse corporativo � uma
ação de responsabilidade social digna de empresas comprometidas
com o desenvolvimento equilibrado de nossa sociedade.
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Nahas, M (2003). Atividade F�sica, Sa�de e
Qualidade de Vida: conceito e sugestões para um estilo de vida ativo.
Londrina: Midiograf.
Autor:
João Francisco Severo Santos
Doutorando em Psicologia, Sa�de, Educação
e Qualidade de Vida pela American World University-AWU; Mestrando em Atividade
F�sica Relacionada � sa�de pela Universidade Federal de
Santa Catarina; Especialista em Gestão e Promoção de Sa�de
Empresarial pela Fundação Universidade da Região de Blumenau;
Especialista em Ciências do Movimento Humano pela Universidade da Região
de Joinville; Professor do Departamento de Ciências B�sicas e Sociais
do Centro de ciências Tecnol�gicas da Universidade do Estado de
Santa Catarina-UDESC e da Faculdade de Educação F�sica
do Instituto Educacional e Superior IELUSC; Ex-gestor de Atividades do Serviço
Social da Ind�striaI de Joinville; Palestrante e Consultor de promoção
de sa�de.
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